MODELO DE JOGO DAS IDEIAS AOS CONCEITOS
MODELO DE JOGO DAS IDEIAS AOS CONCEITOS
GUILHERME CANGUSSÚ LIMA MAICKEL BACH
PADILHA
Construção do Modelo de Jogo:
Uma
Visão Sistêmica
Atualmente
existem várias linhas de trabalho no processo de construção da forma de jogar
de um modelo de jogo, que defendem uma preparação mais específica, e
semelhante ao que acontece na competição, deixando um pouco as teorias
mecanicistas tradicionais que contêm uma visão unidirecional (causa e efeito)
para o entendimento das variáveis do jogo.
As tendências atuais são
baseadas em teorias complexas, onde os diferentes componentes: tático, técnico,
físico e psicológico, assumem a interação e são inseparáveis para o
desenvolvimento do método de treinamento.
Essa ideologia é baseada em uma abordagem sistêmica, de maneira
que as somadas partes desses componentes do jogo, não são iguais ao todo, pois
existe uma série de sinergias entre eles que caracterizará a situação
específica do sistema em questão e o tornará único e sem repetição. Desta
forma, evita-se dividir esses componentes e reduzi-los para compreender suas
partes, buscando seu desempenho separadamente, pois estariam ignorando suas
sinergias e as relações que eles produzem.
Apostando em um conceito de treinamento contextual com os
parâmetros que governam esta modalidade esportiva e suportada por uma abordagem
sistêmica, processo didático será guiado pelo aspecto tático e será sustentado
por um suporte técnico para a execução, apoiado por uma preparação qualitativa,
entendendo que a interpretação dos movimentos táticos dos jogadores promove sua
relação com eles e estuda a eficiência desses movimentos em contrapartida às
necessidades que o jogo apresenta.
O objetivo é
aprofundar em uma percepção contextual da preparação do jogador de futebol, com
a intenção de mudança no paradigma de observação, abordando uma perspectiva
complexa da realidade, onde parece difícil encontrar soluções únicas com
caráter linear.
É importante ressaltar que este não é
considerado o único caminho de fonte no sucesso do futebol, pois jogo, em si, é
um processo multifatorial em que inúmeros pontos emergem de situações que
influenciam, modificam e condicionam este sistema dinâmico. No entanto,
acredita-se que a construção de um modelo de jogo suportado por uma abordagem
sistêmica seja é a maneira mais eficiente de trabalhar a preparação do jogador
de futebol por uma perspectiva específica e real que simula e estimula o jogo.
Modelo
de jogo: Fatores e características que influenciam o seu desenvolvimento
Tratando-se de um sistema dinâmico e complexo, o futebol exige o entendimento
de seus permanentes confrontos e interações em prol do objetivo do jogo. Para
facilitar a compreensão e guiar os profissionais que tencionam o desenvolvimento
de uma forma de jogar, o entendimento do que consiste um modelo de jogo e de
que maneira ele surge e é desenvolvido, suporta treinadores para hierarquização
e organização de sua própria ideia. Isto os auxilia na busca e na modelação de
uma forma de jogar específica, entendida como a melhor maneira para a concepção
de seus conceitos e princípios de uma cultura do jogar.
Portanto, compreender os fatores que se
relacionam e influenciam diretamente no desenvolvimento de um modelo de jogo e
na modelação de uma forma de jogar específica desejada pelo treinador, devemos
levar em conta a interação dos seguintes fatores na ilustração a segue:
Considerando que a interação destes fatores acima mencionados está
em um constante processo dinâmico não linear, a partir deles conseguimos
compreender como podemos hierarquizar as próprias ideias tencionando uma forma
específica de jogar. Assim, a modelação do jogar parte das ideias do treinador
em como hierarquizar e desenvolver o jogo nos diferentes momentos compreendidos
em: organização defensiva e ofensiva, bem como suas respectivas transições
(defesa-ataque e ataque-defesa) e bolas paradas.
As ideias do
treinador são suportadas pelos princípios táticos do jogo de futebol e
sustentadas por sua capacidade em operacionaliza-los a partir de princípios e
conceitos metodológicos no que tangem o processo de treino. Isto porque o
treinador deve assumir o papel de principal responsável - “mentor” - do
desenvolvimento e da elaboração de treinamentos que expressem suas ideias e
conceitos, junto às intervenções necessárias para potencializar o próprio
jogar.
Ao mesmo tempo,
considerar as características dos jogadores e identificar de que maneira é
possível potenciar suas virtudes individuais em prol do coletivo, bem como
tomar conhecimento do contexto competitivo em que está inserido e como o
histórico e costumes de um denominado clube e/ou país/cidade podem colaborar
e/ou influenciar na modelação de uma forma de jogar específica, são fatores
preponderantes para a construção de um modelo de jogo suportada por uma
abordagem sistêmica tomando em conta a complexidade do jogo.
Organização
Defensiva
Dentre os 5 momentos do
futebol, a organização defensiva é o momento de maior interação(será?) entre os
jogadores. Ocorrido logo no início do jogo ou após a perda da bola, consequente
a transição ataque-defesa, o futebol moderno e competitivo exige a participação
de todos os jogadores na organização defensiva.
No processo defensivo as
ações individuais são parte do conjunto e no futebol moderno não basta ter
apenas boa relação com bola, mas saber se relacionar com os colegas, espaço,
tempo e imprevisibilidade. Segundo GARGANTA (2005) “uma defesa é equilibrada
não apenas pela disposição no terreno, mas pela interação dos jogadores no
campo, encurtando distâncias e linhas”.
Assim, tendo como
objetivos operacionais:
Impedir
o avanço do adversário, reduzir o espaço de jogo, proteger a baliza, anular as
situações de finalização e recuperar a posse de bola.
E tais objetivos exigem leituras diferentes na interação dos
jogadores, conforme a localização da bola e adversários no campo.
Dividindo o campo em 4 linhas/zonas
horizontais: defensiva, intermediária defensiva, intermediária ofensiva e
ofensiva, pretende-se definir referências espaciais para o comportamento
coletivo. Uma equipe pode se organizar em bloco alto, médio ou baixo, orientada
pelas referências espaciais e principalmente pela posição da bola, colegas e
adversários. Dividindo o campo em 3 corredores: Corredor lateral esquerdo,
corredor central e corredor lateral direito, orienta-se o posicionamento da
equipe conforme a circulação de bola do adversário, ressaltando que o corredor
central situa-se no espaço vital do jogo.
Na
estruturação do modelo de jogo, o treino do processo defensivo deve se
relacionar com os demais momentos, características dos jogadores, zona em que
se inicia o processo defensivo, disposição das equipes no campo, ocupação dos
espaços e a abordagem selecionada ao jogo.
Para o
comportamento defensivo ser coletivo e responder adequadamente ao momento
ofensivo do adversário, alguns princípios/conceitos devem ser levados em
consideração, visando a soma das ações individuais e interligação entre jogadores
e equipes. Numa abordagem global, a organização defensiva se divide em 5
princípios defensivos:
Contenção, cobertura, equilíbrio,
concentração e unidade defensiva.
Cada um desses
princípios se desdobra em ações técnico-táticas que podem ser ensinadas e
estimuladas pelo treinador. São os subprincípios.
Existe uma gama de
subprincípios e demais subcategorias que vão desde a relação do jogador com a
bola nas ações ofensivas ao comportamento sem bola no comportamento defensivo.
Assim, para ter sucesso na elaboração dos exercícios e na modelação do jogar,
as ideias devem se encaixar aos jogadores, assim como a organização defensiva
depende da congruência entre teoria e prática na operacionalização do modelo de
jogo.
Organização Ofensiva
O principal objetivo de uma equipe em uma partida de futebol é marcar a
maior quantidade de gols do que o seu adversário. Desta forma, a organização
ofensiva é uma fase do jogo de suma importância para o sucesso de uma equipe de
futebol. A organização ofensiva é caracterizada pelo momento em que a equipe
detém a posse de bola de forma consciente e intencional a partir do objetivo do
jogo de futebol (marcação de gols). A organização ofensiva é caracterizada por
um momento denominado de transição ofensiva, que consiste em um instante de
tempo em que individualmente, setorialmente e coletivamente a equipe atravessa
da fase defensiva para a ofensiva de jogo.
Partindo destes
pontos, vale ressaltar a importância em identificar os diferentes tipos de
ataque, apresentar princípios, subprincípios e subprincípios dos subprincípios
da organização e da transição ofensiva do futebol e demonstrar diferentes
formas eficazes e eficientes de jogar quando a equipe recupera e detém a posse
de bola.
Podemos
caracterizar os tipos de ataque em:
Ataque posicional, ataque direto e
contra-ataque.
Estes tipos de
ataque apresentam diferenças e semelhanças nos diferentes comportamentos
táticos e técnicos das equipes, porém cada um desses ataques possui suas
particularidades que carregam vantagens e desvantagens de acordo com as
características dos jogadores da equipe e do adversário, por exemplo.
Em relação aos princípios de jogo da
fase ofensiva do futebol, a organização do jogo é suportada por princípios
táticos operacionais, fundamentais (ver figura) e específicos. Entretanto, para
consolidar uma ideia de jogo no que diz respeito a organização ofensiva serão
destacados a hierarquização dos conceitos relacionados com os princípios
táticos específicos, seus respectivos subprincípios e os subprincípios dos
subprincípios que dão sustentação para o modelo de jogo ofensivo de uma equipe,
ou seja, a sua identidade ofensiva. A execução destes princípios sustentam os
tipos de ataque e quando bem desenvolvidos permitem que o treinador possa
variar a tipologia do ataque de acordo com o contexto, auxiliando na formação
de equipes maduras em termos de ideias de jogo e com variabilidade tática
ofensiva, fundamental para o futebol contemporâneo.
Capítulo 3
IDEAIS DO TREINADOR:
CONHECIMENTO, FORMAÇÃO E EXPERIÊNCIA
Da
ideia à construção da forma de jogar na formação de equipes em diferentes
contextos A construção de um Modelo de Jogo é uma tarefa complexa que requer um
profundo conhecimento teórico e prático do Futebol por parte do treinador. Tal
conhecimento requer uma abordagem holística, no sentido de ser baseado e
alicerçado em domínios científicos do fórum biológico, psicológico,
metodologias de treino, entre tantos outros. Existe um conjunto de aspectos que
deverão ser tidos em conta na elaboração e definição de um Modelo de Jogo,
nomeadamente: os jogadores disponíveis, a equipa técnica, a ideia do treinador,
a cultura do clube, entre outros (ex., orçamento).
Cada aspecto tem o seu
grau de importância, no entanto, torna-se importante realçar, em particular, a
ideia do treinador como essencial no processo de elaboração do Modelo de Jogo
para a sua equipe. Cada treinador representa uma ideia, um pensamento concreto
referente a um modo de entendimento do jogo. Tal ideia ou ideias, vão sendo
construídas como consequência de um longo percurso de experiências vividas e
sentidas, as quais influenciam diretamente no modo como o treinador vai
(re)ajustando as suas ideias (princípios) à formação de equipas, e em
especial, à formação do jogador.
Assim, a aplicabilidade de suas ideias poderá diferir em função do
contexto competitivo, das características culturais, sociais e esportivas dos
jogadores e dos clubes, etc. Especial cuidado deve ser dado a crianças cujas
idades sejam entendidas como “mais sensíveis” na aprendizagem de determinadas
habilidades motoras e cognitivas. Por outro lado, as ideias do treinador não
deverão reduzir e/ou empobrecer a criatividade individual exibida pelos seus
jogadores. Portanto, dever-se promover e potenciar a criatividade individual em
vez de a castrar.
Capítulo 4
PRINCÍPIOS METODOLÓGICOS DO TREINO NA OPERACIONALIZAÇÃO
–MODELAÇÃO - DA FORMA DE JOGAR DO MODELO DE JOGO
Tendência evolutivas, Metodologias e
Princípios do treino para operacionalizar ~modelar~ uma forma de jogar
específica A partir das constantes alterações
sofridas pela maneira de jogar, o futebol apresentou diferentes preocupações
aos longo das décadas. A evolução dos desafios impostos pelo desenvolvimento
do esporte, influenciaram as tendências metodológicas do treino, os quais tem
como objetivo a melhoria da performance. Ao longo dos anos os diferentes
interesses pelo alto rendimento dos jogadores provocaram constantes alterações
de ideias, conceitos e princípios, instigando os treinadores à predominância de
alguma das dimensões durante a hierarquização e operacionalização do
treinamento. Julgando que, desta maneira, conseguiriam potencializar os
jogadores em direção ao melhor desempenho.
Entretanto, o conhecimento
de metodologias em Especificidade, que ajudam a potencializar diferentes
dinâmicas entre os jogadores, fazendo do JOGO o seu principal núcleo para que o
Futebol que o Treinador e seus jogadores pretendam venha a emergir, levou ao
aprofundamento em tópicos como a teoria do caos, a complexidade e a importância
de sistematizar seus principais comportamentos com base em princípios. Para
isso, o conhecimento aprofundado das novas tendências metodológicas aplicadas
ao treinamento de futebol, tem feito com que os treinadores se preocupem
constantemente, com a dinâmica que os jogadores proporcionam, influenciando a
operacionalização de seu modelo de jogo planejado no dia-a-dia através de uma
visão holística acerca do jogo. Assim, com base em um treinamento sistêmico,
suportados pelas teorias do caos e da complexidade, ocorre a construção e o desenvolvimento
de um modelo de jogo que reúna uma série de IDEAS do treinador e de seus
orientados, os quais determinarão o tipo de futebol que se quer praticar.
Desta maneira metodologias
que ofereçam aos treinadores um suporte para hierarquizar e operacionalizar o
seu treinamento, tendo como base princípios metodológicos assentados em
respeitar os binômios relativos ao treinar e jogar.
Binômios
Esforço
- recuperação e espaço-tempo
Potencializam
uma forma de jogar específica da própria equipe e de seus jogadores.
Operacionalização
do modelo de jogo (uma forma de jogar) no processo de treino Em sua história o
futebol passou por diversas evoluções, frutos da necessidade de buscar o
resultado e consequentemente a vitória, que é o objetivo do jogo em si.
Basicamente, para vencer é necessário pontuar mais vezes que o adversário,
gerando desequilíbrios.
Na busca de possibilidades
para a superioridade no jogo, geraram-se evoluções, dentre elas recentemente a
percepção do Modelo de Jogo. Trata-se de uma ideia fundamental, pois ao
percebe-la pode-se chegar em níveis cada vez mais elevados de Intensidade, e a
Intensidade por sua vez é o canal que possibilita a junção entre velocidade,
tomada de decisão e assertividade dentro da partida.
Este é o ponto central de
toda a operacionalização de uma equipe de futebol. Tamanha importância ganha
força baseada em um princípio basilar para o desporto:
Especificidade.
Ou seja, podemos simplificar utilizando a seguinte equação:
Modelo
de Jogo = Especificidade + Periodização = Intensidade
Quanto
maior a intensidade, maior a possibilidade de vitória, eis a busca pelo
resultado. Este é um ciclo que se retro alimenta e possibilita um crescimento
específico, cabendo ao treinador gerenciar este processo com o máximo de maestria.
Aqui entra a operacionalização do modelo de jogo.
Operacionalizar é
transferir algo do plano da ideia, para o plano da prática, criando contextos
que possibilitem o treino de determinadas situações. Logo, esta questão é
extremamente importante na vida de um clube, cabendo a ela, normalmente a
diferença entre os que tem mais sucesso e os que não tem:
Organização de um
morfociclo semanal
Gestão de uma semana com 1 jogo
Organização
do Morfociclo Semanal O morfociclo semanal é um conceito fundamental para a
organização da operacionalização. Dentro desta estrutura alguns subtemas
ganham importância, dentre eles:
Gestão
de uma semana com 1 jogo
Gestão de uma semana com 2
jogos
Planejamento de treino
Gestão da comissão técnica
- funcionalidades
Montagem de Exercícios
A montagem e gestão de exercícios específicos é um diferencial do
treinador moderno. Historicamente o treinador brasileiro não possui a
característica de planejar e gerir exercícios específicos ao Modelo de Jogo.
Domingo |
2ª Feira Dia 1 |
3ª Feira Dia 2 |
4ª Feira Dia 3 |
5ª Feira Dia 4 |
6ª Feira Dia 5 |
Sábado Dia 6 |
Domingo |
|
Descanso |
Recuperação Ativa |
Descanso |
Treino Força Especifica |
Descanso |
Recuperação Ativa |
|
Jogo |
Recuperação Ativa |
Recuperação Ativa |
Treino Força Especifica |
Treino Resistencia Específica |
Treino Velocidade Específica |
Descanso |
JOGO |
Porém, a última
geração de treinadores nível A brasileiro vem modificando este panorama,
mostrando a importância de dominar este quesito para atingir a performance
ideal.
Veremos as seguintes variáveis deste
tema:
·
Principais modelos de treino e suas
características
·
Montagem de exercícios – como elaborar
um exercício específico
·
Elementos que compõem um exercício
·
Ferramentas para gerir a semana.
Capítulo
5
IMPORTÂNCIA DA REFLEXÃO
E ANÁLISE DO PRÓPRIO MODELO DE JOGO
Observação e Análise da forma de jogar
do Modelo de Jogo Tal como sabemos, a importância na
aquisição de uma cultura do jogo através da operacionalização e modelação do
modelo de jogo ao longo do processo de treino é infindável para a implementação
das ideias, princípios e conceitos do treinador.
Como
treinadores, como sabemos que nossas ideias estão sendo adquiridas e
alicerçadas em especificidade? Ora, através do próprio jogar de nossa equipe.
Com base em nossa
hierarquização e suportados pelas propensões em que ocorrem os comportamentos e
interações que almejamos para as nossas equipes, observar, interpretar e
analisar as sessões de treinos, bem como os jogos (que é o momento em que a
operacionalização é expressada), a análise e a reflexão do nosso jogar torna-se
imprescindível dentro do processo.
Nesse sentido, podemos
levantar algumas questões que nos auxiliam na recolha da informação ao longo
desse processo estratégico-tático:
As interações
pré-estabelecidas para o cumprimento de um determinado princípio específico
estão ocorrendo?
Os jogadores que são
responsáveis pela a organização do jogo estão obtendo sucesso em coordenar o
ritmo da equipe durante a organização ofensiva?
A reação após a perda da
posse da bola está resultando em subsequentes desordem ou em comportamentos
eficazes durante a transição?
As sequências ofensivas
que atingem o último terço de campo e que terminam em finalização ao gol, são
provenientes da operacionalização de nossos princípios específicos?
Através de alguns
exemplos, já é possível termos alguma ideia de como é possível oferecer um
suporte para a reflexão e análise do modelo de jogo para bem treinar e ainda
melhor jogar.
Ou seja, ao mesmo tempo que a hierarquização do processo de treino
é suportada pelas informações identificadas no jogo, os comportamentos expressados
no jogo são resultantes dos treinos.
O PAPEL DO PREPARADOR
FÍSICO INSERIDO NA CONSTRUÇÃO DO MODELO DE JOGO
Ao apresentar um caráter intermitente, o futebol se caracteriza
por uma intensa participação psíquica e pela aciclicidade físico-técnica, onde
períodos curtos de alta intensidade são intercalados por períodos mais longos
de recuperação, ativa ou passiva. O bom desempenho no futebol demanda bom
condicionamento em capacidades bio motoras, com a utilização de diferentes
fontes energéticas, e ao mesmo tempo demanda habilidades técnicas, táticas,
psicológicas e cognitivas.
ABORDAGEM SISTÊMICA DO
TREINAMENTO
Assim,
cabe ao Preparador Físico responsável, considerar a integração dos aspectos
físicos, fisiológicos e cinemáticos à complexidade do jogo para atender às
exigências do futebol atual. O planejamento, a aplicação e o controle das
cargas de treino são de sua responsabilidade e o grande desafio é otimizar a
contribuição dos treinos e dos jogadores no modelo de jogo estabelecido.
Um Bom Treino
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