Atividade Física.



Por Jornalismo Portal EF

 

Fragmentos de oxigênio com carga negativa, radicais livres podem prejudicar a memória, o metabolismo, força, disposição, envelhecimento, etc.

O ritmo de vida estressante, a poluição, a alimentação desregrada e desbalanceada são inimigos que comprometem toda a saúde e a qualidade de vida. Estes são fatores que contribuem também com a produção dos radicais livres, popularmente conhecidos por causar o envelhecimento celular e até câncer. A prática de atividade física orientada, e não apenas o esforço físico, e uma dieta balanceada são fundamentais para reduzir a produção dos radicais livres pelo organismo.

O que são os radicais livres?

O médico ortopedista e traumatologista Paulo Muzy, pós-graduado em fisiologia e biomecânica do exercício, medicina e nutrologia esportivas (WWW.performancecomsaude.com.br), explica que os radicais livres são fragmentos de oxigênio sozinhos que mantêm a carga negativa, facilitando sua ligação com outros componentes do nosso organismo. “O termo oxidar significa que uma determinada molécula sofreu ação do oxigênio ao se ligar a ela para estabilizar suas ligações covalentes, compartilhando um elétron – o que, num organismo, interfere na função como um ferro que enferruja ao ter contato com o oxigênio, enfraquecendo sua estrutura”, explica.

De onde vem o termo radicais livres?

Javier Villanova, nutrólogo e pesquisador sênior da Jasmine Alimentos, destacam que as primeiras referências da bioquímica oxidativa são do período pós-guerras, na década de 50, e as descobertas se solidificaram com a descoberta das moléculas, da nutrição ortomolecular (Linus Pauling) etc.

Sem radicalismo

“Para produzir radicais livres, só temos que respirar”, sintetiza Villanova. Além disso, o estilo de vida e o meio ambiente têm a sua parcela de “culpa” nessa produção, já que hábitos como o tabagismo, a ingestão de bebida alcoólica, alguns remédios, agrotóxicos, poluição etc. são fatores incrementadores na produção e nos riscos que os radicais livres trazem para a saúde.

Muzy conta que quanto mais esforço desmedido é realizado, mais radicais livres são produzidos. Além disso, a ingestão de gordura de rápida absorção e açúcar em excesso também colabora com os radicais livres, já que o excesso de açúcar é um subproduto do metabolismo. “Quanto mais esforço físico, maior a produção dos radicais livres. O problema disso é que as pessoas, por falta de orientação, fazem esforço físico ao invés de treinamento físico. É preciso conscientizá-las de que esforço físico não é treinamento e, para ter os bons efeitos do treino, ela precisa de um treinador”, destaca Muzy, que cita os trabalhadores rurais como exemplos de esforço físico: “olhe para um trabalhador que usa o esforço físico como fonte de sustento que logo você vai perceber a diferença entre esforço e treinamento. Ser capaz não significa que deve ser feito.”.

Mitos e verdades dos radicais livres

Há muitas inverdades sendo ditas por aí a respeito dos radicais livres. Dentre elas, que é possível evitá-los. Villanova explica que há também verdades, como fato de haver agentes antioxidantes, bioquimicamente falando, e de que há antioxidantes exógenos, sejam vitaminas, minerais ou bio-ativos.

 “Dizer que é preciso comprar produtos anti-radicais livres é invenção mercado”, frisa Paulo Muzy, “contra a poluição podemos fazer muito pouco ou quase nada; contra o estresse no trabalho, no ambiente ou no local em que se vive, tampouco. Porém, atividade física orientada e programada e uma alimentação saudável são factíveis, sim. O mercado fala ‘compre’, sendo que o ideal seria ‘cuide-se’!”

Quando se trata da alimentação, Villanova ensina que algumas vitaminas são termo sensíveis e cromo sensíveis, ou seja, perdem parte de seu efeito se expostas à luz e ao calor. “Bio-ativos como as catequinas, cromo cianinas, antocianinas e similares também perdem de forma parcial sua capacidade quando recebem termo injúrias.”

Muzy lembra que é preciso usar a alimentação para se nutrir e não para gerar prazer em cada refeição, já que este fato traz resultados que sobram na silhueta e afetam a produção e efeitos dos radicais livres. A idade também acaba pesando nos efeitos dos radicais livres no corpo: “por ser um processo progressivo, é como ‘água mole em pedra dura’. O problema é que as pessoas querem tratar quando ‘fura’ e aí é tarde demais. Os organismos biológicos são regidos pelos princípios da irreversibilidade do tempo. Na biologia, as reações não voltam atrás”, conclui o ortopedista.

Consultoria Técnica: Márcio Santos

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