Metade dos professores não tem didática para o que ensina, diz OCDE


Metade dos professores não tem didática para o que ensina, diz OCDE.

Pesquisa internacional foi divulgada nesta quarta-feira (25).
Mais de 100 mil professores e dirigentes de 34 países foram ouvidos.

No Brasil, mais de 90% dos professores dos anos finais do ensino fundamental concluíram o ensino superior. No entanto, 50% afirmam que a pedagogia das disciplinas que lecionam fez parte de sua educação formal.

Isso significa que um professor de biologia, por exemplo, não aprendeu em sua formação como ensinar o conteúdo aos seus alunos.

Os dados fazem da parte da Pesquisa Internacional sobre Ensino e Aprendizagem (Teaching and Learning Internacional Survey, Talis, na sigla em inglês) feita pela Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), grupo de países desenvolvidos, divulgada nesta quarta-feira (25).

Cerca de 106 mil professores dos anos finais do ensino fundamental responderam à pesquisa. No Brasil, 14.291 professores e 1.057 diretores de 1.070 escolas completaram o questionário da OCDE.

A pesquisa aponta que os professores brasileiros gastam semanalmente, em média, 25 horas trabalhando, o que representa seis horas a mais que a média dos países da Talis. Eles também declaram dedicar de 10% a 22% mais tempo na maior parte das outras atividades, como correção dos trabalhos e orientação aos alunos.

Amor pela profissão
Apesar dos problemas da carreira, o levantamento mostra que mais de nove em cada vez professores estão satisfeitos com seus empregos e quase oito em dez escolheriam novamente a profissão.

"Nós precisamos atrair os melhores e mais brilhantes para se juntar à profissão. Os professores são a chave na economia do conhecimento de hoje, onde uma boa educação há um alicerce fundamental para o sucesso do todas as crianças no futuro”, disse Andreas Schleicher, diretor da OCDE durante lançamento da pesquisa em Tóquio.

A pesquisa também apontou que a maioria dos professores (68%) é formada por mulheres. A única exceção é no Japão. A idade média é 43 anos, sendo que Cingapura tem os professores mais jovens, e a Itália os mais velhos. Um total de 91% concluiu a formação universitária e 90%, o curso de licenciatura. A média do tempo lecionando é de 16 anos, geralmente em tempo integral (82%) e em contrato permanente (83%).

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