Educação fisica no Ensino Médio
EDUCAÇÃO
FÍSICA NO ENSINO MÉDIO: O SUCESSO DE UMA
PROPOSTA
SEGUNDO OS ALUNOS
Rafael
de Menezes
Rita
de Cássia Garcia Verenguer
Universidade
Presbiteriana Mackenzie
Resumo:
Este trabalho
é fruto das reflexões dos autores sobre a Educação Física Escolar, notadamente
sobre a Educação Física no Ensino Médio. Conforme a literatura, a Educação Física
neste ciclo de ensino está distante das expectativas dos alunos levando os
mesmos a desmotivação. No entanto, é preciso investigar propostas que estão
sendo implantadas e analisar o seu sucesso. Sendo assim, objetivamos: A)
Apresentar e discutir uma proposta
diferente
para a Educação Física no Ensino Médio e B) Apresentar as considerações dos alunos
frente a esta nova proposta. Metodologicamente, este trabalho caracteriza-se por um estudo de
caso utilizando-se um questionário para coletar os dados. Como resultado podemos
afirmar que através das dimensões de conteúdo, principalmente a conceitual, os professores
estão conseguindo apresentar uma Educação Física diferenciada para o Ensino Médio.
Podemos dizer com convicção que a seleção de conteúdos vai ao encontro dos parâmetros
legais, levando em consideração o repertório da cultura corporal de movimento e
dos aspectos sociais dos alunos. Observamos que as estratégias utilizadas no
decorrer das aulas foram diversificadas e condizentes com os conteúdos
propostos. Com relação aos
alunos
vemos que através desta proposta os mesmos participam das aulas motivados.
Também
podemos afirmar que com esta Proposta mesmo os alunos que não participam das aulas
na qual predomina a dimensão procedimental, estão recebendo um gama de conhecimentos
através da dimensão conceitual. Em suma, podemos afirmar que os resultados deste
estudo nos mostram uma Educação Física diferenciada e de sucesso, pois os professores
estão cumprindo seu papel e alcançando, assim, os objetivos da Educação Física
Escolar,
o de formar cidadãos críticos e conscientes de seu papel junto à cidadania.
INTRODUÇÃO
Esta
pesquisa começou a tomar forma quando começamos a refletimos sobre por que as
aulas de Educação Física no Ensino Médio, aparentemente, se resumem ao
futebol?; por que há alunos que “fogem” das aulas de Educação Física no Ensino
Médio?; há uma saída para a educação Física no Ensino Médio?
Para
responder estas inquietações fomos buscar na literatura respostas e estamos
convictos que, se o número de alunos no Ensino Médio é crescente, os
adolescentes devem vivenciar diversas experiências motoras e, conjuntamente e
adquirir conhecimento sobre essas experiências.
A
literatura advoga que a Educação Física trata da cultura corporal de movimento
e que nesse ciclo de ensino, manter a motivação dos alunos frente a esse
componente curricular, é um grande desafio para os professores. Sabemos que as
escolhas de conteúdos e estratégias têm um lugar primordial nesse processo.
Podemos
afirmar que o professor necessita manter-se sempre atualizado buscando uma
interação constante com o aluno e esta interação é favorecida e facilitada
quando ocorre uma contextualização dos objetivos das aulas com o cotidiano dos alunos,
através de temas de interesse deles.
Diante
do exposto, definimos para este estudo os seguintes objetivos: a) apresentar e
discutir uma proposta diferente para a Educação Física no Ensino Médio e b)
apresentar as considerações dos alunos frente a esta nova proposta.
Observamos
um crescimento do número de alunos no Ensino Médio, fruto de uma política de
universalização da escolarização e pelas demanda do mercado de trabalho no que
se refere ao conhecimento formalizado. Especificamente sobre Educação Física no
Ensino Médio, alguns autores afirmam que ela deve permitir aos adolescentes
diversas experiências através
de
atividades motoras, apresentando um caráter essencialmente participativo,
diversificado, equilibrado, agregado aos conteúdos procedimentais e
conceituais, além dos atitudinais, valorizando o domínio cognitivo (BARNI &
SCHNEIDER 2003; CORREIA, 1996; VERENGUER, 1995).
Os
autores advogam a Educação Física por tratar da cultura corporal de movimento e
através desta o aluno pode aprimorar seu repertório motor. Para a Educação
Física no Ensino Médio os autores sugerem um planejamento participativo que o
aluno Revista Mackenzie de Educação Física e Esporte – Volume 5, número
Especial, 2006 Rafael de Menezes e Rita de Cássia Garcia Verenguer 101 atue
diretamente nele, pois assim o professor conseguirá detectar as necessidades
dos alunos além de permitir uma autonomia
e
liberdade de escolha para as atividades e assim estas influenciarem em sua
participação social (CORREIA, 1996) De Santo (1993) afirma que a Educação
Física no Ensino Médio deve se aprofundar nos conhecimentos sobre o movimento humano
e com este saber em mãos, os alunos podem aumentar as possibilidades de escolha
de como, quando e em que condições eles desejam se envolver ou praticar a
atividade física.
Portanto,
a Educação Física no Ensino Médio pode aproveitar-se da dimensão conceitual
para favorecer a autonomia e a reflexão frente à cultura corporal de movimento.
Este senso crítico e autônomo deve ocorrer em relação às vivências, vinculadas
ao lazer e ao saúde/bem estar (DARIDO ET AL, 1999; BRASIL, 1999).
Para
que haja o envolvimento dos alunos, Paim (2001) afirma que o conhecimento da motivação
pelos professores de Educação Física é de grande importância para que se possa
estimular o interesse dos alunos.
Cid
(2002) complementa ao dizer que a motivação é um processo que faz com que o
aluno realize as atividades das aulas de Educação Física, porém estas
atividades devem se entrelaçar com objetivos tangíveis, com os quais o aluno
perceba a importância da atividade para sua vida dentro e fora das aulas de
Educação Física.
É
importante lembrar que a motivação é o que faz o indivíduo tomar suas decisões
e a realizar suas ações. Assim, nos apegamos na idéias de Chicati (2000),
quando afirma que o professor de Educação Física deve ser o mediador do conhecimento,
o agente motivador das aulas e deve assumir o papel de tutor na relação ensino
aprendizagem.
O professor deve ter a consciência de que o aluno é o centro de
suas ações pedagógicas, logo a capacidade de escolha dos alunos deve ser
valorizada, conjuntamente, com suas experiências motoras, tornando a aula mais participativa
e com significados para todos, pois as aulas consistirão na realidade dos
alunos (CASCO, 2001).
Sendo assim, o professor tem que possibilitar aos seus alunos
diversas aprendizagens dos conhecimentos sociais, necessários a
conceitualização do mundo que os cerca, dando-lhes condições de pensar e de
exercer críticas (LORENZINE & TAVARES, 1998).
Tapia & Fita (2001) complementam ao dizerem que o processo de
ensino – aprendizagem é motivador quando há uma sintonia e/ou afinidade entre o
aluno e o professor cabendo então ao professor de Educação Física promover a
auto-aceitação e a confiança, permitindo aos alunos desenvolverem habilidades e
talentos.
Darido (2004) nos ajuda dando a dica de que é necessária a
abordagem de temas de interesse dos alunos, como: aparência, sexualidade, alimentação,
dieta, capacidade física, saúde, beleza, lazer, entre outros temas. Através
destas abordagens que tem significados para os alunos, o professor consegue
manter a motivação de seus alunos constante.
O
professor de Educação Física tem a obrigação de tornar as aulas motivantes e
isto é possível através da diversificação dos conteúdos, e, através da
diversidade, ele consegue atender as necessidades e interesses de seus alunos,
procurando assim uma aprendizagem significativa (CHICATI, 2000).
No entanto, para discutir temas de interesse dos alunos é
necessário que o professor esteja sempre atualizado e integrado ao mundo do
aluno, uma vez que, ao integrar-se neste mundo, o professor conseguirá fazer
com que todos participem e criem autonomia para analisar e criticar qualquer
informação veiculada pela mídia.
2.
EDUCAÇÃO FÍSICA NO ENSINO MÉDIO: UMA PROPOSTA DE INTERVENÇÃO.
Revista
Mackenzie de Educação Física e Esporte – Volume 5, número Especial, 2006
Educação
física no ensino médio: o sucesso de uma proposta segundo os alunos
102
A
partir deste momento iremos caracterizar a proposta de Educação Física para o
Ensino Médio de um Colégio particular do município de Barueri. A proposta,
Laboratório de Cinesiologia, está em andamento desde 2004 e foi em 2005 que
ocorreu sua implantação.
Segundo o documento que advoga essa proposta, a Educação Física
Escolar tem sofrido constantes mudanças ao longo de seu percurso. Com estas
mudanças, percebe-se que os alunos estão cada vez mais críticos quanto à
necessidade da Educação Física para o seu bem estar.
No documento, durante sua introdução, os autores alegam que o
conhecimento adquirido no período escolar não é suficiente para o fornecimento
de autonomia para uma vida ativa e esta insuficiência afeta, principalmente, os
adolescentes.
Com isto, a Proposta objetiva reorganizar as aulas de Educação
Física da 8ª série do Ensino Fundamental até a 3ª série do Ensino Médio com a
estruturação de um “Laboratório de Cinesiologia” para aulas de Educação Física.
No Ensino Médio, em especial, a dimensão conceitual é mais aprofundada e
bastante valorizada.
3.
METODOLOGIA
Esta
pesquisa se enquadra nas características de uma pesquisa descritiva de natureza
qualitativa e como um estudo de caso(THOMAS & NELSON, 2002).
A população desta pesquisa são os alunos do Ensino Médio de uma
escola particular localizada no município de Barueri que foi escolhida por
possuir uma proposta diferenciada para a
Educação Física neste ciclo de ensino. Decidimos escolher intencionalmente
todos os alunos do Ensino Médio para aplicarmos o questionário, totalizando 105
alunos.
Este questionário foi embasado na escala de Likert, procurando
elucidar a motivação dos alunos e a importância da Educação Física para eles,
além de qualificar a Educação Física e os conteúdos aplicados durante as aulas.
4.
RESULTADOS
Para simplificar a compreensão dos resultados coletados durante a
pesquisa de campo, iremos caracterizar inicialmente o Ensino Médio e
posteriormente estaremos dividindo estes resultados por séries.
4.1.
CARACTERÍSTICAS DO ENSINO MÉDIO DESTE ESTUDO
Ao
final da fase de coleta de dados obtivemos o total de 105 questionários e com
estes dados em mão conseguimos então quantificar e qualificar, além de
caracterizar, a Educação Física no Ensino Médio da instituição pesquisada. A
tabela 1 apresenta os dados globais.
Revista
Mackenzie de Educação Física e Esporte – Volume 5, número Especial, 2006 Rafael
de Menezes e Rita de Cássia Garcia Verenguer 103
Tabela 1 – Ensino Médio Geral
Observamos com esses dados que a proposta que vem sendo implantada
tem uma grande aceitação. As aulas, os conteúdos e os assuntos abordados,
considerando a soma de “bom” e “ótimo”, correspondem respectivamente 83%, 68% e
71%.
4.2.
1º ANO DO ENSINO MÉDIO
Ao analisarmos os questionários do 1º ano do Ensino Médio os
resultados nos apontam a análise de 34 questionários. Para iniciarmos a
discussão (tabela 02) nos apegamos aos quesitos “importância da Educação
Física” e “nota das aulas” e percebemos que 76% consideram a Educação Física
importante e 79% acham as aulas ministradas pelos professores são “boas” e
“ótimas”.
Ao analisarmos o quesito “auto-avaliação” e “motivação nas aulas”
temos 65% dos alunos avaliando-se bem e 55% afirmando que estão motivados (soma
de “bom” e “ótimo”).
Tabela
2 – 1º ano do Ensino Médio
4.3.
2º ANO DO ENSINO MÉDIO
Dos
35 questionários respondidos pelos alunos do 2º ano temos: que a importância da
Educação Física para os alunos e também as notas das aulas, correspondem
respectivamente 66% e 91%, e para estes valores consideramos a soma de “bom” e Escala
Questões Gerais
Péssimo
Ruim Regular Bom Ótimo
Importância
da Educação Física 2% 6% 23% 40% 30%
Nota
das aulas 0% 4% 13% 56% 27%
Nota
dos conteúdos 0% 4% 29% 43% 25%
Conhecimento
adquirido 5% 7% 34% 38% 16%
Assuntos
abordados 2% 3% 25% 42% 29%
Auto
– avaliação 7% 10% 23% 30% 30%
Motivação
nas aulas 5% 14% 25% 26% 30%
Escala
Questões
Gerais
Péssimo
Ruim Regular Bom Ótimo
Importância
da Educação Física 0% 9% 15% 50% 26%
Nota
das aulas 0% 3% 18% 53% 26%
Nota
dos conteúdos 0% 6% 32% 44% 18%
Conhecimento
adquirido 0% 6% 32% 47% 15%
Assuntos
abordados 0% 3% 26% 50% 21%
Auto
– avaliação 3% 9% 24% 41% 24%
Motivação
nas aulas 0% 15% 29% 29% 26%
Revista
Mackenzie de Educação Física e Esporte – Volume 5, número Especial, 2006
Educação
física no ensino médio: o sucesso de uma proposta segundo os alunos
104
“ótimo.
Observamos que nos quesitos “nota dos conteúdos”, “conhecimento adquirido” e
“assuntos abordados” temos os
seguintes
resultados; 74%, 54% e 74%, respectivamente. Para os quesitos auto-avaliação e
motivação temos, para ambos os
casos,
57% de “bom” e “ótimo”
Tabela
3 – 2º ano do Ensino Médio
4.4
3º ANO DO ENSINO MÉDIO
Ao
focarmos nossos estudos no último ano do Ensino Médio da Educação Básica,
partimos para a análise dos 36
questionários
(tabela 4 ). Somando os resultados de “bom” e “ótimo” para os quesitos “notas
das aulas”, “conteúdos” e
“assuntos
abordados” temos, respectivamente, 78%, 66% e 67%.
Ao
vermos os quesitos “importância da Educação Física” e “conhecimento adquirido”
vemos que 66% dos alunos
consideram
a Educação Física uma disciplina importante, somando-se “bom” e “ótimo”, já
para “conhecimento adquirido”
temos
47%. Com relação ao quesito “auto-avaliação” e “motivação nas aulas” tivemos os
seguintes resultados 58% e 56%,
respectivamente.
Tabela
04 – 3º ano do Ensino Médio
Escala
Questões
Péssimo
Ruim Regular Bom Ótimo
Importância
da Educação Física 3% 3% 29% 26% 40%
Nota
das aulas 0% 3% 6% 54% 37%
Nota
dos conteúdos 0% 3% 23% 51% 23%
Conhecimento
adquirido 6% 11% 29% 40% 14%
Assuntos
abordados 0% 3% 23% 34% 40%
Auto
– avaliação 6% 17% 20% 31% 26%
Motivação
nas aulas 9% 14% 20% 31% 26%
Escala
Questões
Gerais
Péssimo
Ruim Regular Bom Ótimo
Importância
da Educação Física 3% 6% 25% 44% 22%
Nota
das aulas 0% 6% 17% 61% 17%
Nota
dos conteúdos 0% 3% 31% 33% 33%
Conhecimento
adquirido 8% 3% 42% 28% 19%
Assuntos
abordados 6% 3% 25% 42% 25%
Auto
– avaliação 11% 6% 25% 19% 39%
Motivação
nas aulas 6% 14% 25% 17% 39%
Revista
Mackenzie de Educação Física e Esporte – Volume 5, número Especial, 2006
Rafael
de Menezes e Rita de Cássia Garcia Verenguer
105
5.
DISCUSSÃO
Para
iniciarmos nossa discussão, percebemos que a Educação Física apresentada em
nosso estudo é uma disciplina que
segue
a linha de raciocínio dos Parâmetros Curriculares Nacionais, ou seja, ela
consegue atender seu público respeitando sua
cultura
e suas características, dando a esse componente curricular uma relevância no
processo de escolarização. Estes
resultados
podem ser explicados devido à contextualização dada durante as aulas.
Podemos
afirmar que através da Proposta Laboratório de Cinesiologia, os alunos estão
adquirindo conhecimentos, através
da
dimensão conceitual, e com isto refletindo e construindo sua autonomia quanto à
cultura corporal de movimento. Aliás
esses
objetivos são defendidos por Darido et al. (1999) e por Brasil (1999).
O
alto índice de aprovação nas 3 séries mostra que, apesar das dificuldades e das
resistências, o encaminhamento da
Proposta
está sendo frutífero. Podemos afirmar, ainda, que para se alcançar estes
percentuais, os professores responsáveis pela
implantação
da Proposta, estão conseguindo desmistificar o paradigma da esportivização,
fazendo com que os adolescentes
tenham
diversas experiências através das mais variadas atividades. Tal proposta vem ao
encontro das idéias difundidas por
Correia
(1996), De Santo (1993), Verenguer (1995) e Barni & Schneider (2003),
quando advogam por um planejamento
participativo,
diversificado e equilibrado, agregado às dimensões conceituais, atitudinais e procedimentais
são fundamentais
nesse
clico de ensino.
É
importante lembrar que De Santo (1993) e Darido et al (1999) advogam que essas
dimensões do conteúdo devem fazer
parte
de um programa de Educação Física para o Ensino Médio pois vão contribuir para
a autonomia e tomada de decisões.
Percebemos
que a dimensão conceitual é muito bem visto pelos alunos e muito bem aplicada
pelos professores, pois os
alunos
conseguem perceber que as modalidades esportivas não são as únicas atividades
para as aulas de Educação Física. Os
resultados
deste estudo não corroboram com a afirmação de Gueriero & Araújo (2004),
quando afirmam que os professores
não
estão dando importância às abordagens dos conteúdos.
Ao
relacionarmos a auto-avaliação dos alunos com a importância da Educação Física
e as notas das aulas, percebemos que
os
alunos legitimam a mesma. Quando analisamos a motivação dos alunos do Ensino
Médio, percebemos um alto índice (81%).
Podemos
considerar, apoiados em Tapia e Fita (2001), que o processo de ensino aprendizagem
é motivador, já que há uma
sintonia
e uma afinidade entre a proposta e as necessidades dos alunos.
A
Proposta Laboratório de Cinesiologia é próspera, pois se percebe que a
motivação e a participação dos alunos durante as
aulas
estão crescendo e isto pode ser explicado por Oliveira (2004), Darido (2004) e
Chicati (2000) quando afirmam que
métodos
inovadores, como esta Proposta, facilitam a motivação dos alunos, pois possuem
em sua raiz pedagógica temas do
interesse
dos alunos, com diversificação e com crescente evolução.
6.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A
Educação Física Escolar depende de vários fatores, entre eles: legislação
clara, direção responsável, instalações adequadas,
professores
comprometidos e competentes, pois é grande o desafio de torná-la, sobretudo
para o Ensino Médio, um
componente
curricular atraente.
Neste
estudo, pudemos observar que existem saídas para a Educação Física no Ensino
Médio quando todos os responsáveis
por
ela estão dispostos a torná-la importante no processo de escolarização.
Revista
Mackenzie de Educação Física e Esporte – Volume 5, número Especial, 2006
Educação
física no ensino médio: o sucesso de uma proposta segundo os alunos
106
A
Educação Física, para muitos professores, deixou de se limitar à dimensão
procedimental. Para eles a Educação Física está
inserida
no contexto da escolarização e como tal deve responder pela formação dos
alunos.
Sendo
assim, considerando as perguntas norteadoras deste estudo, percebemos que
existe uma outra estrutura para a
Educação
Física no Ensino Médio, uma estrutura que foge da educação relegada, ou seja,
uma estrutura na qual a disciplina
possui
um planejamento, objetivos definidos nas três dimensões de conteúdo e
estratégias adequadas.
Neste
estudo pudemos perceber que a Educação Física no Ensino Médio é muito bem
estrutura, pois é uma disciplina
ministrada
através de um planejamento participativo, que busca estratégias que vão ao
encontro das necessidades dos
adolescentes.
Um outro diferencial desta Proposta é a aplicabilidade e a influência da
dimensão conceitual, pois todo o
planejamento
está embasado nesta dimensão e tenta se agregar a dimensão procedimental.
Na
escola que foi objeto de investigação, Educação Física é uma disciplina que vai
muito além das atividades de cunho
procedimental,
é uma disciplina que valoriza a dimensão conceitual e atitudinal. Este
diferencial é tão evidente que os próprios
alunos
o reconhecem, pois durante todo o período de pesquisa pudemos perceber que os
mesmos tinham prazer em estar na
quadra,
pois tinham consciência de que estavam aprendendo algo.
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Contatos
Universidade
Presbiteriana Mackenzie
Fone:
3555 2131
Endereço:
Avenida Mackenzie, 905 – Tamboré – Barueri – SP Cep. 06460 130
E-mail:
ritaveren@uol.com.br
Tramitação
Recebido
em: 14/08/06
Aceito
em: 29/09/06
Revista
Mackenzie de Educação Física e Esporte – Volume 5, número Especial, 2006
Educação
física no ensino médio: o sucesso de uma proposta segundo os alunos.
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