FUTEBOL


Futebol


 

Nenhum esporte no mundo desperta tanto interesse popular quanto o futebol. Sua principal competição, a Copa do Mundo, reúne, desde a fase de classificação, cerca de 130 países e milhões de espectadores no mais importante evento do mundo esportivo.

Futebol é um esporte disputado entre duas equipes, cada uma com 11 jogadores, que utilizam os pés e a cabeça para movimentar a bola em direção ao campo adversário, com o objetivo de colocá-la dentro do gol ou meta. A partida divide-se em dois tempos de 45 minutos, com um intervalo de 15 minutos. O tempo de jogo pode ser prorrogado por acidente ou qualquer outra causa a critério do juiz. A equipe vencedora é a que faz o maior número de gols.

Regras do futebol


As leis que regem o futebol foram elaboradas pela International Football Association Board (IFAB) em 1938. O texto que compreende 17 regras e uma série de decisões suplementares da IFAB, sofreu alterações impostas pela própria evolução técnica e tática do esporte.

Campo. O futebol é jogado num campo gramado com as medidas máximas de 120m de comprimento e 90m de largura e mínimas de 90m de comprimento e 45m de largura. Em os internacionais as medidas máximas são 110m de comprimento por 75m de largura e mínimas, 100m por 64m de largura. O campo é dividido ao meio por uma linha transversal, no centro da qual é desenhado um círculo com raio de 9,15m, de onde se dá a saída, no início de cada tempo de jogo ou sempre após a marcação de um gol. As balizas, eqüidistantes dos extremos das linhas de largura, são formadas por duas traves verticais, cujas faces internas estão separadas 7,32m uma da outra e unidas por um travessão horizontal a 2,44m do solo. As traves e o travessão, com no máximo 12cm de espessura, sustentam a rede do lado de fora do campo.

Em frente às balizas, há duas áreas. A pequena, ou do goleiro, dista 5,5m das traves (para os lados e para a frente) e serve para a cobrança do tiro de meta sempre que a bola ultrapassa a linha de fundo, depois de ter sido tocada por um jogador da equipe atacante. Na grande área, cujo limite é desenhado a 16,5m das traves, as infrações cometidas pelos jogadores do time defensor são punidas com o pênalti, cuja cobrança é executada por tiro livre direto, a 11m do gol. Fora da grande área é desenhado um arco de circunferência, chamado meia-lua, com 9,15m de raio e centro no ponto de cobrança de pênalti.

As extremidades da linha central e os vértices das laterais são marcados com bandeiras. Desses vértices são cobrados os escanteios, sempre que a bola é lançada pela linha de fundo após o toque de um jogador da equipe defensora.

Bola. Esférica e coberta de couro, ou outro material adequado, a bola deve ter de 68 a 71cm de circunferência e pesar de 396 a 453g. A pressão a ela aplicada é de um quilograma por centímetro quadrado, ao nível do mar. Proíbe-se aos jogadores usar as mãos para impulsionar a bola, a não ser o goleiro, dentro do limite da grande área, ou qualquer outro atleta na cobrança do arremesso lateral.

Árbitro. A única autoridade reconhecida durante a partida é o árbitro, que recebe o auxílio de dois juízes de linha (bandeirinhas). A ele cabe a vistoria do gramado e das condições de segurança do estádio; a aplicação das regras e a solução de lances duvidosos; a cronometragem do jogo; a punição de jogadores; a interrupção e o reinício da partida quando julgar necessário; e a anotação das ocorrências. Os juízes de linha assinalam quando a bola sai de jogo e se deve ser cobrado escanteio, tiro de meta ou lateral.

Impedimento. Será considerado impedido o jogador que ao receber um lançamento de um companheiro no campo de ataque, esteja mais próximo da linha de fundo que o penúltimo jogador adversário.

Bola fora de jogo. Considera-se que a bola está fora de jogo quando ela atravessa inteiramente as linhas laterais ou de fundo, quando se marca um gol ou quando o juiz interrompe a partida por qualquer motivo. A reposição de bola pode ser feita por meio de tiro livre (após uma infração), arremesso lateral, tiro de meta, escanteio ou bola ao chão.

Infrações. São punidas com tiro livre direto as faltas contra o adversário e o toque de mão ou braço na bola. O tiro livre indireto é cobrado após as obstruções, jogadas que o juiz considere perigosas ou no tranco ilícito sobre o goleiro. O jogador que reincide em faltas violentas, comete indisciplina ou desrespeito é expulso de campo. Na cobrança de faltas nenhum jogador adversário pode estar a menos de 9,15m da bola, que somente entrará em jogo depois de percorrer uma distância igual à sua circunferência.


Fundamentos do futebol


Podemos dividir os fundamentos técnicos em dois tipos de ações:

A) movimentos sem bola (corrida com mudança, saltos, giros, etc.);

B) movimentos com bola (recepção, passe, chute, etc.).

De acordo com essa divisão, pretendemos desenvolver aqui somente as técnicas básicas do futebol pertencentes ao grupo b (movimentos com bola), executando as ações específicas desenvolvidas pelos jogadores que ocupam a posição de goleiro.

Para uma melhor prática do futebol, faz-se necessário o conhecimento e domínio de algumas técnicas básicas, tais como: condução, passe, chute, drible ou finta, recepção, cabeceio e arremesso lateral.

O cabeceio e o arremesso lateral serão abordados como elementos pertencentes a outros fundamentos técnicos, ou seja, o arremesso lateral seria considerado uma forma de passe, e o cabeceio, dentro dos demais fundamentos. As técnicas serão abordadas na seguinte seqüência: definição e conceituação do termo, descrição da técnica e as possíveis variações e formas.

Condução. É o ato de deslocar-se pelos espaços possíveis do jogo, tendo consigo o passe de bola.

Técnica de condução de bola:

a) posicionar o corpo e movimentá-lo de maneira a facilitar o tipo de condução desejada;

b) manter a bola numa distancia que facilite a seqüência da condução, bem como as variações necessárias de acordo com exigência da situação;

c) utilizar o tipo de toque adequado à situação;

d) postura adequada à movimentação, com o centro de gravidade um pouco mais baixo, quando necessário um melhor domínio e mais alto, quando conduzir em alta velocidade;

e) distribuir a atenção na bola, no espaço e nos demais jogadores.


Passe. É um elemento técnico inerente ao fundamento chute, que se caracteriza pelo ato de impulsionar a bola para um companheiro.

Técnica do passe:

a) posicionamento do corpo de maneira favorável a sua execução;

b) pé de apoio ao lado (atrás ou à frente) da bola;

c) projeção da perna (membro inferior direito ou esquerdo) a ser utilizada em direção à bola;

d) toque propriamente dito (durante a execução do movimento, o braço ajuda no coordenação e equilíbrio).

Chute. É o ato de golpear a bola, desviando ou dando trajetória à mesma, estando ela parada ou em movimento.

Técnica do chute: É semelhante à técnica do passe, sendo o objetivo das ações sua grande diferença. O chute tem como objetivo finalizar uma ação para o gol ou impedir o prosseguimento das ações do adversário.

Drible ou finta. É o ato que o jogador, estando ou não em posse da bola, tenta ludibriar o seu adversário.

O drible, de acordo com a sua origem inglesa (dribbling), seria a progressão com a bola. Entretanto, no cotidiano do futebol, o drible é entendido como a forma de ludibriar o adversário. O termo correto para a ação de desvencilhar-se de um adversário seria finta, mas, como a palavra drible tornou-se muito utilizada neste sentido, consideraremos os dois como sinônimos.

Técnica do drible ou finta:

a) posicionar o corpo de maneira favorável ao drible (ou finta) desejado;

b) manter a bola próxima ao corpo e o centro de gravidade baixo, permitindo assim um melhor domínio sobre a mesma;

c) utilizar o tipo de toque e movimentação adequados ao drible desejado, de acordo com a situação;

d) na execução do drible, a atenção é dirigida para a movimentação do adversário para o espaço e para a bola.

Recepção. Se o aluno não consegue Ter a posse da bola quando tenta interromper a trajetória da mesma, dizemos que houve uma má recepção. Este mesmo fundamento aparece na literatura como os seguintes sinônimos: abafamento, amortecimento, travar ou dominar a bola.

Lembre-se que, cotidianamente, o domínio de bola é entendido como recepção. Entretanto, consideramos que o domínio ou controle da bola expressam um nível de referencia quanto ao “desenvolvimento” das capacidades coordenativas de condução e adaptação do movimento, sendo que o domínio pode manifestar-se com mais evidencia na técnicas de condução, recepção e drible.

Técnicas da recepção:

a) posicionamento do corpo de maneira favorável a recepção, com a parte do corpo a realizar o contato voltada par a bola;

b) ao aproximar-se da bola, amortecê-la, tentando inicialmente, diminuir a sua velocidade;

c) manter a bola próxima ao corpo, favorecendo assim, o seu domínio.

Cabeceio. É o ato de impulsionar a bola utilizando a cabeça.

Esse gesto técnico é bastante utilizado durante o jogo e pode ser aplicado, tanto para ações ofensivas como defensivas. O cabeceio apresenta-se como uma das alternativas para a realização de outros fundamentos, tais como: passe, chute, recepção, etc.

O cabeceio poderá ser executado parado ou em movimento, estando ou não em suspensão. Aconselha-se principalmente, o uso da testa como a região da cabeça que irá realizar o contato com a bola. Existem duas posições básicas do tronco em relação à bola, no momento da execução do gesto técnico: frontal ou lateral.

Aspectos físicos do futebol


Antes de 1880 não havia um sistema de jogo, ou seja, uma distribuição organizada dos jogadores para o desempenho das diversas funções de ataque e defesa. As equipes eram formadas por um goleiro e dez atacantes. O primeiro sistema, que ficou conhecido como "formação clássica" e persistiu até 1925, era formado por um goleiro, dois zagueiros, três médios e cinco atacantes. Com a mudança na lei de impedimento -- que passou a dar condição de jogo ao atacante que tivesse dois jogadores, e não três, a sua frente -- as equipes tornaram-se mais ofensivas. Herbert Chapman, treinador do Arsenal de Londres, lançou então um novo sistema, o WM ortodoxo (nome dado pela semelhança da distribuição dos jogadores com as duas letras do alfabeto), com mais um jogador recuado para atuar na defesa -- o centro médio ou cabeça-de-área -- e os dois meias também recuados para ajudar os outros médios (laterais direito e esquerdo).

Passou-se a discutir a formação inicial de Chapman, um sistema estático, em setores delimitados, que tornava o futebol muito defensivo e dificultava a atuação individual dos jogadores. Surgiu, então, o WM clássico, que alternava o posicionamento entre os médios e os meias de acordo com a necessidade defensiva ou ofensiva. Caía, com essa inovação, a teoria de que os médios não poderiam ultrapassar a linha do meio de campo, nem os meias recuar.

No Brasil, na década de 1940, uma adaptação do WM feita pelo técnico Flávio Costa, então no Vasco da Gama, ficou conhecida como diagonal, porque a posição dos meias e dos laterais formava um trapézio e não um quadrado. O meia-esquerda, mais avançado, passou a ser chamado ponta-de-lança, e o meia-direita, armador. O ataque era integrado pelo centro-avante, o ponta-direita e o ponta-esquerda. Vários outros sistemas apareceram ainda: "ferrolho suíço", "beton francês", "turbilhão", "carrossel" e "4-2-4". Este último foi o que conseguiu um maior equilíbrio entre ataque e defesa. O "4-2-4" praticamente padronizou-se em certa época no futebol brasileiro e foi com ele que o Brasil conquistou a Copa do Mundo de 1958.

Paralelamente à evolução do futebol, novos sistemas foram surgindo e o "4-2-4" transformou-se no "4-3-3". Até por volta de 1990 dominou um "3-5-2", que na Copa de 1994 deu lugar ao "4-4-2". O extremo cuidado com o preparo físico dos atletas permitiu grandes inovações táticas. Na base de tudo está o princípio de que, ao invés de ater-se a posições fixas, o jogador deve exercer um maior número de missões, atacando, armando e defendendo em estreita cooperação com os companheiros de equipe.

Boa Sorte.

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