BASQUETEBOL
BASQUETEBOL
MOVIMENTOS INDIVIDUAIS
POSTURA
Parada Busca
Procedimentos Básicos
Saída Rápida
INTRODUÇÃO
Esta
apostila não visa apenas circunstancias da prática competitiva, mas
principalmente, procura oferecer subsídios para que aqueles que se dedicam à
preparação de atletas possam organizar de maneira progressiva as suas práticas.
MOVIMENTOS INDIVIDUAIS
POSTURA
A
fim de tornar-se eficaz no basquetebol é importante antes de tudo conhecer e
dominar os diversos fundamentos.
Só
a prática constante poderá contribuir para uma automática execução dos gestos.
Posturas, parada brusca, saída rápida, giro, finta,
deslize e mudança de direção devem ser ensinados cedo e cuidadosamente para que
os subseqüentes movimentos fundamentais com a bola não venham a tornar-se
deficientes ou impraticáveis.
Posturas – Duas são as posturas do
basquetebol:
A
primeira é “a de lutador, na qual os pés estão distantes são largura dos
ombros, calcanhares apoiados no solo, joelhos flexionados a 120º. Braços
estendidos ao lado do corpo com os cotovelos fletidos”.
È
uma posição de expectativa, de onde se pode mover mais rapidamente em qualquer
direção. (fig.0l)
Figura 01- Posição de expectativa em que o
atleta está pronto para reagir rapidamente em qualquer direção.
A
segunda é a de boxeador, na qual os pés estão afastados, permanecendo um na
frente do outro, calcanhar do pé de trás, voltado para dentro, braço
correspondente ao pé avançado, estendido para cima e para frente enquanto o
outro se estende para a lateral.
Observe
que o agachamento é mais acentuado que na posição anterior.
Nessa
posição poderá aproximar mais do adversário, na tentativa de interceptar um
passe, bloquear um arremesso e impedir a sua penetração (fig. 02).
Figura
02 - Jogador na posição de boxeador, também chamada de posição básica ou posição
de guarda.
Parada Busca
Objetiva
transformar o movimento numa imobilização (fig. 03).
Figura 03 – Posição assumida pelo atleta após realizar uma
parda brusca. Observe que o centro de gravidade está centralizado sobre a base.
A
parada brusca pode ser realizada em um ou dois tempos rítmicos.
Para
realizá-la em um tempo rítmico, o atleta deverá executar um salto e aterrar
simultaneamente os pés sobre o solo.
(fig. 04).
Figura
04 – Mostra a parada brusca em um tempo rítmico.
Executando-há em dois tempos rítmicos, após o salto, o
atleta colocará no solo um dos pés para em seguida lançar o outro um pouco à
frente. (fig. 05).
Figura
05 – A parada de dois tempos rítmicos.
Em
ambos os casos, para o jogador permanecer imóvel, faz-se necessário que seu
centro de gravidade seja mantido sobre a base, os pés lateralmente afastados
(largura dos ombros) com um na frente do outro e o peso do corpo igualmente
distribuído em ambos os pés.
Procedimentos Básicos
1º
- Formação: Fileiras em umas das linhas de fundos da quadra.
Desenvolvimento: atletas andando no
sentido da outra linha de fundo; ao sinal do professor, agacham-se, mantendo-se
imóveis; observar a distancia lateral dos pés, a posição do centro de gravidade
afim de que consiga o equilíbrio.
2º
- Formação: A mesma da anterior.
Desenvolvimento: atletas trotando, ao
sinal do professor, saltar e sentar sobre os calcanhares; alternar as paradas
de um e dois tempos rítmicos.
3º
- Formação: Igual às anteriores.
Desenvolvimento: Atletas correndo, ao
sinal do professor, saltitar e flexionar os joelhos para interromper o
movimento.
Variar os tempos rítmicos bem como o pé que será colocado
à frente na parada em dois tempos.
4º
- Formação: Duas fileiras na linha de fundo da quadra uma atrás da outra.
Desenvolvimento: Os atletas de ambas as fileiras saem
trotando; ao sinal do professor os da frente apóiam-se num dos pés e lança o
outro para trás a fim de ser seguro momentaneamente pelas mãos do companheiro.
Ao ser solto, deve levá-lo para adiante do pé que está no solo, flexionando os
joelhos (fig. 06).
Figura
06 – Ilustra o exercício quatro para da brusca. Observe que há uma evidente
diminuição do equilíbrio.
Saída Rápida
È a melhor maneira de desvencilhar-se do adversário. Para
que a iniciativa obtenha o êxito desejado faz-se necessário que o impulso seja
tomado, quase ao mesmo tempo sobre a planta dos pés e as primeiras passadas
rápidas e curtas.
Giro
É a execução de movimentos sucessivos com um dos pés em
qualquer direção, permanecendo o outro em contato com o solo na sua posição
original. (Figs. 07 e 08).
Figura 07 – Nesta posição pode-se girar com qualquer dos
pés para frente ou para trás.
Figura 08 – Lembrem-se do compasso os movimentos do atleta
são idênticos.
Esses movimentos estão sujeitos às limitações da regra.
Se ambos os pés tocarem ao solo ao mesmo tempo, qualquer
um deles pode ser removido, ficando o outro como pé de pivô (pé de apoio, sobre
o qual se executará a rotação). Porém, se um pé toca ao solo e seguido pelo
outro na parada brusca, o primeiro que tocou ao solo torna-se pé de pivô. Só o
segundo pode ser movido à vontade.
Finalidade = Mudar rapidamente a direção do jogo.
Evitar a bola pressa
Dar maior proteção à bola.
Procedimentos práticos
1º - Formação: Em fileira no final da quadra.
Desenvolvimento: Andando, ao sinal do professor, executar a parada
brusca em um ou dois tempos e efetuar meio giro pra frente, ficando de costas
para a posição assumida anteriormente; outro meio giro no mesmo sentido a fim
de reencontrar a posição original. Repetir o exercício até chegar á outra linha
final da quadra.
2º - Formação: A mesma da anterior.
Desenvolvimento: Andando, ao sinal do professor, executar a parada
brusca em um ou dois tempos e realizar meio giro para trás (reverso) ficando de
costas para a posição assumida anteriormente, mais meio giro para trás,
retornando à posição original.
Continuar praticando até a outra linha final.
3º - Formação: Igual às anteriores.
Desenvolvimento:
Correndo, ao sinal do professor, executar o tipo de parada por ele determinada;
ao comando do professor fazer meio giro ou giro completo, para frente e para
trás e sair na mesma direção ou no sentido contrário da posição inicial.
Finta
É a arte de enganar, pela qual se simula um movimento num
determinado sentido esperando que o adversário o siga e que só depois descubra
que foi enganado. (Fig. 09).
Qualquer movimento que venha a distrair a atenção do
adversário, desequilibrando-o, considera-se uma finta.
Figura 09 – Finta para se livrar do adversário.
Procedimentos Básicos
1º - Formação: Em colunas no fundo da quadra. Material;
cadeiras colocadas a 10
metros de distancia á frente das colunas.
Desenvolvimento: O primeiro de cada coluna vai trotando em direção a
cadeira correspondente. Ao aproximar-se, diminui a velocidade, lança perna e o
peso do corpo para um dos lados, transferindo-os em seguida para a direção em
que desejava seguir.
Deslize
É a realização de movimentos laterais, para frente ou para
trás, a fim de seguir os deslocamentos do adversário. A posição deve ser
mantida baixa, não devendo cruzar as pernas nem saltar. O afastamento inicial
dos pés deve ser conversado. (fig.10).
Figura 10 – Posição para o deslizamento lateral em direção
á esquerda.
Procedimentos Práticos
1º - Formação: Atletas espalhados em fileira, próximos a
uma das linhas laterais e de frente para o professor.
Desenvolvimento: Ao sinal do professor deslizam para a direita, para a
esquerda, para frente, para trás.
Diagrama 01.
2º - Formação: Em círculo concêntrico voltado um para o
outro.
Desenvolvimento: Ao sinal do professor, os atletas do círculo interno
deslizam para tocar aos atletas do círculo externo, que por sua vez se esquivam
e deslizam para tocar aos outros do outro círculo.
3º - Formação: Em colunas na linha de fundo da quadra.
Desenvolvimento: Ao sinal do professor, deslizam para frente, para a
direita, para a esquerda, para frente, até chegar à linha de fundo oposta. Procurar
inverter a posição dos pés.
Diagrama 02
4º- Formação: Em colunas na posição baixa segurando na
cintura do companheiro da frente, um jogador colocado à frente da coluna.
Desenvolvimento: Ao sinal do professor, o atleta da frente desloca-se em
várias direções e a coluna acompanha-o deslizando.
Diagrama 03.
5º- Formação: Em colunas no final da quadra. Material:
Cadeiras disbuídas em filas distantes 1 a 1, 20 m entre si.
Desenvolvimento: Ao sinal do professor os atletas deslizam em zig-zag
passando entre as cadeiras, de frente. Retornam executando o mesmo movimento de
costa para as cadeiras.
Diagrama 04.
Mudança de Direção
Uma mudança de direção pode ser muito efetiva se realizada
em direção oposta à perna colocada na frente do corpo. O peso deve ser
imediatamente transferido para ao lado que se deseja sair, acentuando-se a
flexão da perna situada neste lado, a fim de que o centro de gravidade não seja
deslocado para a perna da frente (fig.11).
Figura 11 – Atleta executando a mudança de direção para se
livrar do adversário.
Procedimento Prático
1º - Formação: em colunas no final da quadra.
Desenvolvimento: Jogador trotando, após realizar uma quantidade de
passos determinada pelo professor, trota em outra direção.
2º - Formação: Em colunas no final da quadra.
Desenvolvimento: Ao sinal do professor, realizar corrida sinuosa até a
linha de fundo da quadra.
3º - Formação: Em colunas, uma de frente para a outra.
Desenvolvimento: Os jogadores cabeça (1º) de cada coluna correm um ao
encontro do outro e ao aproximarem trocam de direção e dirigem-se para as
colunas opostas.
Diagrama 05.
Esses fundamentos da técnica individual, praticados
isoladamente sem a bola, assumem grande importância no desenvolvimento da
aprendizagem dos atletas, pois possibilitam aos jogadores adaptarem-se com
facilidade aos exercícios com bola.
Serão sempre repetidos em todas as oportunidades que um
novo gesto fundamental seja adicionado à aprendizagem.
2
MANEJO DA BOLA
Ø Empunhadura
Ø Recepção
Manejo da bola
Entende-se por manejo da bola a posição das mãos sobre
ela, a ação das mesmas enquanto a segura seja ao preparar o drible, arremesso
ou passe. Começa-se a recepção.
Empunhadura
As mãos devem ser colocadas na parte póstero-superior da
bola, dedos afastados com polegares e indicadores paralelos e dirigidos para
cima. As palmas das mãos não devem ter contato com a bola.
Figura 12 – Nessa posição, a bola é amortecida mesmo que o
lançamento seja muito forte.
Recepção
Para receber a bola que nos está sendo lançada, é
necessário aproximar dela, avançando uma das pernas, inclinando o tronco para
frente, estendendo os braços e mantendo as mãos na posição já mostrada.
Figura 13 – Procure seguir a mesma direção da bola para
evitar resistência.
Ao primeiro contato da bola com a ponta dos dedos, um
movimento de retrocesso tem início.
Recua-se a perna da frente, ergue-se o tronco e
flexionam-se os braços para trazer a bola junto do corpo, assumindo então uma
posição de prontidão.
O relaxamento é a tônica em todo o movimento.
Figura 14 – Posição de prontidão na qual o atleta além de
proteger a bola está pronto para iniciar um passe, drible ou arremesso sem ser
identificado pelo adversário.
Alguns exercícios são apresentados para desenvolver e/ou
aperfeiçoar “o sentido da bola”.
Procedimentos Práticos
1º - Formação: Jogadores em círculo.
Material: Uma
bola para cada atleta.
Desenvolvimento: O professor mostra a posição das mãos sobre a bola e o
atleta com a bola no solo procura empunha-la corretamente, trazendo-a em
seguida para junto do corpo que toma a posição correta.
2º - Formação: a da anterior.
Material: Uma
bola para cada atleta.
Desenvolvimento: Atletas com o corpo semiflexionado empunhando a bola.
Nessa posição, deixam a bola cair e antes que toque no chão segura novamente
com as mãos. Observe a empunhadura.
3º Formação: em fileira no final da quadra.
Material: Uma
bola para cada atleta.
Desenvolvimento:
Ao sinal do professor, o atleta lança a bola para o alto e tão logo ela toque
no chão, agacha-se para empunhá-la sem permitir que ganhe muita altura do chão.
Repetir o exercício andando até a linha final oposta.
4º - Formação: Em fileira no final da quadra.
Material: Uma
bola para cada atleta.
Desenvolvimento: Segurar a bola com as duas mãos atrás do corpo ao nível
da cintura. Flexionar o tronco e lançar a bola para diante, fazendo-a passar
sobre as costas e rapidamente correr ao seu encontro para segura-lá após ter
tocado apenas uma vez no chão. A esse exercício pode-se adicionar o giro no
final de sua execução.
5º - Formação: Em duplas, um de frente para o outro na
linha lateral da quadra.
Material: Uma
bola para cada dupla.
Desenvolvimento: Um jogador lança a bola alta
para o seu companheiro que com os braços em extensão vertical bate forte como
se não desejasse sua posse e no final do movimento fica com ela na empunhadura
normal.
6º - Formação: A mesma da anterior.
Material: O
anterior.
Desenvolvimento: O atleta lança a bola apara atingir um dos pés do
companheiro; esse, por sua vez, afasta o pé para trás, deixando a bola tocar no
chão para empunhá-la logo em seguida, mantendo a posição frontal, sem voltar-se
para direita ou esquerda.
7º - Formação: Em duplas, na linha lateral da quadra um
atleta com as pernas e tronco flexionado e de costas para o outro.
Material: O
anterior.
Desenvolvimento: Ao sinal do professor, o atleta que está de pé lança a
bola para o companheiro que gira para frente com as mãos em posição de
segura-la.
3
PASSES
Ø Passe de peito
Ø Passe picado
Ø Passe por cima da cabeça com
duas mãos
Ø Passe por baixo com duas
mãos
Ø Passe por baixo com uma mão
Ø Passe de ombro
Ø Passe de gancho
PASSE
Uma equipe para marcar ponto precisa se descolar pela
quadra a fim de se aproximar da cesta adversária. A rapidez desse deslocamento
depende da habilidade em utilizar os diversos tipos de passes.
Passe é o lançamento que se faz ao companheiro, no momento
oportuno, para o local exato, com a velocidade adequada a fim de que possa, sem
perda de tempo, dar prosseguimento ao jogo.
O passe deve ser efetuado àquele que estiver mais bem
situado na quadra para que de posse da bola possa conseguir uma penetração ou
um arremesso equilibrado. Porém, não se deve denunciá-lo nem faze-lo às cegas.
Aprenda a utilizar a visão periférica.
Existem vários tipos de passes a serem aplicados,
dependendo das situações do jogo, da distancia entre os atletas e de suas
intenções.
Tipos de Passes:
Passe de peito
Passe picado
Passe por cima da cabeça com duas mãos
Passe por baixo com duas mãos
Passe por baixo com uma mão
Passe de ombro
Passe de gancho
Passe de Peito
Da posição ilustrada na figura 14, iniciar uma rotação dos
braços para baixo e para cima até retornar à posição original e daí sem
interrupção, estende-los horizontalmente para frente, avançando a perna que
julgar mais cômoda. No ponto máximo de extensão dos braços e com o peso do
corpo transferido para a perna da frente, solta a bola por uma ação dos pulsos,
finalizando o movimento com as pontas dos dedos, voltado para baixo.
Fig. 14 fig.15
Figura 15 – Mecânica do passe de peito. O passe de
peito é usado para curtas distancias, em combinações para progredir pela quadra
e até mesmo como tática de retardamento do jogo.
Passe Picado
É uma variação do passe de peito.
Nele se verifica uma maior flexão das pernas e um trabalho
mais acentuado dos braços para fazer com que a bola ao ser solta no nível da
cintura toque no chão antes de chegar ao recebedor. Para que ela alcance as
mãos do recebedor, deve-se adicionar um pouco de força, pressionar os polegares
sobre a bola e virar as palmas das mãos para fora.
È utilizado após uma finta, para servir ao pivô, contra
homens altos e contra defensivas compactas.
Figura 16 – No passe picado a bola deve tocar no chão a
1,20m de distancia do recebedor. Voltar as palmas das mãos para fora com os polegares
apontando para baixo.
Passe por cima da cabeça com duas mãos
A Bola é conduzida para cima da cabeça pelas duas mãos até
que os braços formem ângulos retos com os cotovelos que se voltam para a
direção do passe. Com o corpo ereto e os pés afastados á largura dos ombros,
fazer a extensão das pernas para soltar a bola por um movimento de antebraço e
punho. Os braços não seguem a trajetória da bola e os dedos ficam para baixo.
Ideal para servir ao pivô ou qualquer outro que atravessar
a área restritiva e para virar o jogo sobre o garrafão.
Figura 17 – Empunhadura e liberação da bola no passe por
cima da cabeça com as duas mãos.
Passe por cima com as duas mãos.
Simultaneamente, recuar uma das pernas e colocar a bola
com os cotovelos flexionados junto ao quadril do mesmo lado.
As pernas devem
estar fletidas, lançar a bola para frente por uma extensão dos braços e
transferir o peso do corpo para as pernas da frente. Ao finalizar o lançamento,
as mãos encontram-se paralelas e os polegares por cima. Sua aplicação é valiosa
para curtas distancias, após as paradas bruscas, os giros e marcações
apertadas.
Figura 18 – Etapas do passe por baixo com as duas mãos.
Passe por baixo com uma mão
Obedece à mesma preparação do passe anterior diferenciando
apenas no que diz respeito a empunhadura e à soltura da bola. Na empunhadura, a
mão que vai impulsionar a bola é colocada atrás dela enquanto a outra permanece
á frente. O lançamento é realizado,
estende-se o braço horizontalmente à frente com a palma da mão voltada para
cima.
Figura 19 – Posição final na execução do passe por baixo
com uma mão.
Passe de ombro
Com o corpo ereto, ao mesmo tempo conduzir a bola com as
duas mãos para junto da orelha, recuar a perna correspondente e girar o tronco
até colocar o ombro oposto na direção do passe.
Uma das mãos fica atrás da bola com os dedos para cima
enquanto a outra se mantém contra ela. Cotovelos próximos e dirigidos para
baixo, ao ter iniciam o movimento para soltar a bola conjuntamente é feita uma rotação
do tronco para retorná-lo à posição de origem e uma extensão total do braço
para empurrar a bola, terminando com uma ação de pulso. Quando desejar aplicar
maior velocidade à bola, a perna que foi recuada durante a preparação do passe
deverá ser lançada para frente, acompanhando o movimento do braço.
Sua aplicação é para longas distancias e, sobretudo para
iniciar o contra-ataque.
Figura 20 – Posição que antecede ao movimento de soltura
da bola no passe de ombro.
Passe de gancho
Saltar sobre a perna, virar o ombro esquerdo e a cabeça na
direção do passe, elevar a bola à altura do ombro com as duas mãos (à direita,
atrás e por baixo da bola) para no ápice do salto com o braço direito
ligeiramente flexionado lança-la sobre a cabeça, finalizando com um brusco
movimento de pulso de cima para baixo.
Aplica-se com êxito para suprir o pivô, iniciar um
contra-ataque, passar sobre ao
garrafão.
Figura 21 – Seqüência dos movimentos para o passe de
gancho.
Procedimentos Práticos
1º - Executar o passe em posição estática acionando apenas
os braços:
Diagrama 6.
2º - Trocar passes e após a recepção fazer passar a bola
por trás do corpo à altura da cintura e por baixo de cada perna que se eleva
com o joelho flexionado.
3º - Ao passar, colocar as mãos para trás do corpo.
Próximo ao recebimento da bola bater palmas na frente do corpo e empunha-la.
4º - Estando com os pés paralelos, estender
horizontalmente os braços e avançar uma perna para receber a bola; retornar á
posição original e repetir o movimento para fazer o passe.
5º - Passar, deslocando-se em velocidade moderada, um para
frente e outro para trás em direção da linha lateral oposta. Aumentar a
velocidade.
Diagrama 07.
6º - Movimentando-se em velocidade moderada em direção da
linha lateral oposta. O que segue de frente executa o passa e depois de apanhar
a bola deixada no solo pelo companheiro que se desloca de costas.
7º - 1 passa para 2 que parte ao encontro da bola; ao
receber a bola, 2 faz uma parada brusca, gira em dois tempos, passa para 1 e corre
de costa para sua posição. (diag. 08).
Diagrama 08
8º - Os atletas trocam passe deslizam lateralmente para a
direita e esquerda
Diagrama 09.
9º- O 1 lança para 2 e corre para colocar-se adiante dele;
2 antecipa para receber a bola, executa uma parada, gira pelo mesmo lado que 1
se deslocou e passa para ele que, em movimento, recebe a bola, faz uma parada,
gira e passa para 2 que se dirigiu para adiante.
Diagrama 10.
10º O 1 e o 2 de posse de bola. O 1 faz o passe ao mesmo
tempo em que 2 executa o passe picado. Variar os tipos de passes.
Diagrama 11.
11º - Colunas alinhadas na linha de fundo da quadra; o 1
passa para 2 que recebe a bola em movimento e lança a bola para 1.
Diagrama 12.
12º - O 7 de posse da bola, deslizando lateralmente, passa
e recebe a devolução de cada um dos companheiros da fileira. Ao receber a bola
do número 6 gira e faz o passe ao número 8 que continua o exercício.
Diagrama 13.
13 – O jogadores da fileira de posse da bola permanecem
parados. Os demais deslizam lateralmente á frente deles, recebendo e devolvendo
a bola ao mesmo companheiro.
Diagrama 14.
14º O 7 passa para 1, corre em sua direção recebe de 1
lança para 2; segue o passe, recebe a devolução e faz o lançamento para 3; ao
receber o último passe do número 6, corre com sua bola na mão para trás da
coluna.
Diagrama 15.
15º - O 1 passa para o 3 e corre para tomar o lugar de 3;
o 3 passa para o n2 que se antecipa para receber a bola e segue a direção do passe
para assumir a posição de 2; o 2 passa para o1 dando continuidade do exercício.
Diagrama 16.
16º - O 2 passa 1, corre em sua direção, recebe o passe de
1, realiza uma parada brusca, gira, faz o passe longo para 3, segue em sua
direção, recebe a devolução, faz a parada, gira e passa para 1.
Diagrama 17.
17º - O 1 de posse de bola passa para 3 que em movimento
recebe, devolve para 1 que lança para 2, 2 devolve para 1 e assim
sucessivamente.
Diagrama 18.
18º - O 1 passa para 3, que se desloca para frente, corre
em sua direção recebe o passe de volta de 3 e em movimento faz o lançamento
longo para 2 que se adianta; 2 devolve a 1 que se aproxima para receber a bola,
dando seqüência ao exercício.
Diagrama 19.
19º - Deslocando-se pela quadra, 1 passa para 2, e segue
por trás dele; 2 passa para 3 e vai por trás de 3; 3 passa para 1 corre por
trás dele; o 1 passa a 2 e desloca-se por trás de 2 e assim sucessivamente até
a linha final da quadra.
Diagrama 20.
20º - O 2 e o 3 de posse de bola; o 2 passa para 1 ao
mesmo tempo em que recebe a bola de 3; o 1 lança para 3 e recebe o passe de 2.
Em movimento, trabalham simultaneamente as duas bolas.
Diagrama21.
21º - O 1 passa para 2 e desliza para fica de frente de 3;
o 2 lança para 1 naquela posição; o 1 passa para 3 que em movimento lateral,
retorna para sua posição inicial.
Diagrama 22.
22º O 1 passa para 2 e se desloca para direita; o 2 passa
para 3 e segue para tomar posição à frente de 1; o 3 passa para 4 e se
movimenta para a direita; o 4 passa para 1 e se desloca para frente de 3.
Diagrama 2
23º - Os atletas 1 e 5 de posse da bola passam para 2 e 6;
estes lançam para 3 e 7 e assim por diante, seguindo a trajetória mostrada no
diagrama.
Diagrama24.
24º - O 1 passa para 2 que gira e passa para 3; o 3 recebe
a bola gira e lança para 4 e assim por diante, seguido o sentido contrario ao
ponteiro do relógio. Poderá se adicionar mais bolas.
Diagrama 25.
25º - O 1 passa para 4 e segue a direção do passe para se
colocar no final da coluna; o 4 lança para 2 e vai assumir posição atrás da
coluna correspondente.
Diagrama 26.
26º - O 1 da coluna A passa o 1 da B e dirige-se para o
final dessa coluna; o 1 da coluna B lança para o 1 da C e segue para trás da
coluna C; C por sua vez, passa ao 2 da coluna A e vai para o final da coluna A.
Diagrama 27.
27º - O 1 da coluna A passa ao 1 da B, o qual em movimento
lança a 1 da C; C por sua vez passa a D. Todo seguem a direção do passe para entrar
no final da coluna correspondente.
Diagrama 28.
28º - (A) – O número 1 da coluna A faz o passe para o 1 da
B e segue para o final da coluna B. Ao mesmo tempo, o 1 da coluna C lança para
o 1 da D, e vai à direção da bola para entra no final da coluna D.
(B) – Os
atletas ao executarem os passes entram atrás das colunas á direita.
(C) – Os
atletas ao lançarem a bola retornam para a final das suas colunas.
Diagrama 29.
29º - O 1 da coluna A passa para o 1 da B que, em
movimento, lança para o 1 da C e este por sua vez ao 1 da D. Trocam de posições
colocando-se atrás da coluna da direita.
Diagrama 30.
30º - O número 1 de cada coluna tem uma bola e encara um
companheiro. O número 1 passa para o 2 e então avança para a próxima esquina,
na direção dos ponteiros do relógios. Ele recebe um passe de retorno do seu
próprio 2 e imediatamente lança a bola para o número2 da próxima esquina, q eu se deslocou na direção da posição original
do 1, e entra no final daquela coluna. O exercício continua como antes, 2
passando para 3 e avançando para a próxima esquina.
Diagrama 31.
31º - O 3 e o 4 passam para 5 ao centro; o 5 lança para 1
e 2; antes para 3 e 4.
Diagrama 32
32º - O 1 passa para 6 ao centro; o 6 rapidamente passa
para 2 e vai ocupar o lugar deixado por 1; o 2 lança para 1 que assumiu a
posição de 6 ao centro. O exercício continua com trocas de posição idênticas às
anteriores.
Diagrama 33.
33º - O 1 e o 5 de posse da bola; o 1 passa para 5 ao
mesmo tempo em este passa para 2; 2 passa para 5 e 5 para 3.
Diagrama 34.
34º - 1 2,3 e 4 de posse da bola; 1 passa para 5 e recebe
a devolução; o 2 imediatamente lança para 5 que devolve a 2 e assim por diante.
Diagrama 35.
35º - O 1 que se movimenta no círculo A, passa
diagonalmente a 2 do círculo B; este por sua vez, passa para 2 do A. Ambos os
círculos giram no sentido contrário os ponteiros do relógios e o exercício tem
seqüência.
Diagrama 36.
36º Os números 2 e 4 do círculo central iniciam os passes
para os outros círculos que giram ao mesmo sentido do círculo central, no
sentido contrário aos ponteiros do relógios.
Diagrama 37.
37º Os atletas de números 1, 2,3 e 4 de posse da bola,
voltados para fora, formam um círculo; quando os atletas que correm no sentido
dos ponteiros do relógios estiverem diante deles, fazem o passe e recebem a
imediata devolução da bola.
Diagrama 38.
4
DRIBLE
Ø Baixo
Ø Alto
DRIBLE
O drible é uma habilidade fundamental
muito importante no basquetebol. Porém, na aprendizagem, deve merecer cuidados
especiais por parte do professor.
Não se permita que apenas um
atleta seja um especialista, transformando os demais companheiros em
espectadores.
O emprego do drible só é válido
quando existe um propósito que o justifique. A técnica – O jogador em
posição estática, com os pés afastados à largura dos ombros, um mais à frente
do outro, pernas semiflexionadas e o corpo inclinado ligeiramente para frente.
A bola deve ser empurrada verticalmente para o chão, por uma ação de antebraço
– que se mantém paralelo ao chão – punho e dedos contrário à perna avançada. A
visão dirigida para adiante da bola a fim de observar a colocação dos
companheiros e dos seus adversários.
Figura 22 – Posição fundamental
para o aprendizado da técnica do drible.
Em áreas congestionadas ou sob
marcação pressão, o drible deve ser controlado.
O corpo e as pernas
apresentam-se mais baixos, a bola é impulsionada do lado e protegida pelo
corpo.
É o drible, no qual a bola não
deve ascender no chão mais do que 40
cm .
Figura 23 – Observe a proteção
da bola no drible baixo, abra os braços contrario da bola para proteger.
Por outro lado, encontrando-se
livre da marcação para penetra para a cesta, utiliza-se o drible em velocidade.
È o drible alto, em que a bola
é empurrada na frente do corpo e à altura da cintura.
Figura 24 – No drible alto, a
bola não deve bater verticalmente ao chão para não prejudicar a velocidade.
Procedimentos Práticos
1º - Com os pés paralelos e o
tronco inclinado para frente, impulsionar a bola para um lado e para o outro de
uma linha traçada entre suas pernas, alternando as mãos.
2º - Pés afastado lateralmente,
driblar passando a bola de trás para frente por entre as pernas, como se
fazendo um 8.
a) andando.
b) correndo.
3º - O 1 em frente de 2 de
posse da bola, corre driblando, executa uma parada, gira e passa para 2
seguindo a direção do passe. (Diag 39).
4º - O 1 na linha lateral da
quadra dribla alto em direção de 2 que está a sua frente, faz a parada e
desliza para trás com drible baixo.
Diagrama 39.
5º - O 1 na lateral da quadra
dribla alto em direção a 2, contorna-o, realizando uma parada, gira e passa
para o 2, retornando de costas para seu lugar.
(Diag. 40).
6º O 1 e o 2 em cada lateral da
quadra e de posse de bola driblam para encontrarem no centro da quadra;
diminuem a velocidade, trocam de mãos e driblam para as laterais.
Diagrama 41.
7º - Os números 1 driblam em
direção a linha lateral oposta, no centro da quadra, sentam e levantam sem
perder o domínio da bola. Voltam driblando, executam o mesmo movimento no
centro da quadra e passam a bola aos números 2.
8º - Dois atletas na linha de
fundo da quadra, o primeiro dribla em direção a linha oposta, executa uma parada,
gira e passa para o companheiro que vem atrás dele a uma curta distancia.
Agora, de posse da bola, dribla sendo seguindo pelo primeiro e o exercício
continua.
9º - O 1 e o 2 colocados em uma
das linha de fundo da quadra; o 3 na frente deles na linha de fundo oposta; o 1
dribla em velocidade pela quadra, deixa a bola com 3 e toma o seu lugar; o 3
dribla para entregar a bola ao 2 e assumir sua posição.
Diagrama 42.
10º - Em colunas no final da
quadra. Em frente de cada coluna 6 cadeiras, distantes a 2 metros entre si; o
primeiro atleta de cada coluna dribla, passando por entre as cadeiras,
alternando as mãos para passar com o corpo entre a bola e a cadeira.
Diagrama 43.
11º - Em colunas de cinco
jogadores, no final da quadra com o último de posse de bola. Os quatros saem
trotando em direção à outra linha final enquanto o último dribla por entre
eles. No final da coluna, gira e dribla por fora em velocidade para reiniciar o
drible controlado outra vez por entre eles, que continuam no trote.
12º - Em fileiras no final da
quadra, o 1 e o 2 driblam em direção a linha final oposta. O 1 controla a bola
com a mão esquerda e o 2 com a direita. Ao sinal, 1 e 2 invertem suas posições,
partido rapidamente para a bola do companheiro a fim de continuar driblando,
tão logo ela tenha repicado livremente no chão.
Diagrama 44.
13º - O 2 e o 3 de posse da
bola; o 2 passa para 1 e recebe o passe de volta para progredir driblando; o 3
que se deslocava driblando com a mão esquerda, ao perceber que 1 está livre
lança para ele, recebe de 1 a
devolução da bola para continuar driblando.
Diagrama 45.
14º - Em semicírculo, 1 rola a
bola no chão ao longo do raio imaginário; o 5 avança para apanhar a bola e
começa a driblar, passando por trás dos companheiros para depois seguir
driblando por entre eles colocando-se adiante de 1; o 5 rola a bola pelo chão,
4 apanha e o exercício continua.
Diagrama 46.
15º - O número 1 de cada coluna
dribla para o centro, executa uma parada, gira na direção indicada pelo
professor e passa a bola ao número 2 de cada coluna seguinte, indo colocar-se
atrás dela.
Diagrama 47.
16º - Uma fileira na frente da
outra distante a 3 metro .
Os primeiros driblam em velocidade na direção da linha de fundo oposta enquanto
os outros correm atrás para tomar a bola.
17º - Aos pares, cada um de
posse de bola. Ambos usam o drible baixo com a mão direita e avançam para tirar
a bola do domínio do companheiro sem perder o controle da sua bola. A bola deve
ficar de frente e sua proteção é feita por um jogo de pernas para frente e para
trás.
18º - Aos pares, o da frente
dribla alternando as mãos, sendo seguro a altura da cintura pelo companheiro de
trás que dirige seus deslocamentos, deslizando para frente, para trás e para os
lados, tentando fazer com que ele perca o controle da bola.
19º - Driblar, saltar sobre um
banco, sentar-se do outro lado do banco, ficando a bola atrás das costa.
Figura 25.
5
ARREMESSO
Ø
Bandeja
Ø
Arremesso estático com as duas mãos
Ø
Arremesso com duas mãos acima da cabeça
Ø
Arremesso estático com uma mão
Ø
Arremesso com uma mão acima da cabeça
Ø
Arremesso de gancho
Ø
Arremesso de jump
Arremesso
A vitória
depende, entre outros fatores, da obtenção do maior número de cesta. Daí a
necessidade de se adquirir e aperfeiçoar a habilidade nesse fundamento.
Alguns
aspectos merecem a atenção do técnico que durante a aprendizagem do arremesso
preocupa-se com uma suave e precisa liberação da bola a fim de que entre no
aro, tais como:
1 – relaxamento
- Em nenhum outro principio fundamental do jogo ele ganha tanta importância
quanto no arremesso.
2 – Confiança
– O técnico durante as práticas do arremesso precisa estimular o senso de
oportunismo e a autoconvicção do atleta a fim de que ele possa se tornar uma
permanente ameaça para os adversários. Porém, não deve permitir que o atleta
dele faça uso, como uma maneira de participar da partida, mas que somente
demonstre toda a sua habilidade quando existir alguma probabilidade para o
êxito do lançamento.
3 – Equilíbrio
– O arremesso precipitado é sempre desaconselhável. Cabe ao professor orientar
o atleta para que ele assuma uma posição tal, em que o corpo e a cabeça formem
uma única linha com os pés, que são conservados
afastados na
amplitude dos ombros, um mais à frente do outro e o peso do corpo distribuído
sobre eles. Na ocasião de soltar a bola,
o centro de gravidade é deslocado e o corpo afasta-se ligeiramente da vertical.
A trajetória
da bola e o ponto de mira são os últimos detalhes a serem enfatizados.
Ao ser
libertada, a bola dirigi-se num ângulo de 45º à horizontal para que na sua
trajetória descendente obtenha uma maior chance de penetrar no aro.
Como a maioria
dos arremessos no basquetebol é executada de média e longa distancia,
preferimos orientar o atleta para que concentre sua visão na borda posterior do
aro.
Tipo de
Arremesso
Bandeja
Arremesso
estático com duas mãos
Arremesso
estático com uma mão
Arremesso com
uma mão acima da cabeça
Arremesso de
gancho
Arremesso de
jump
Numa ordem
progressiva, os atletas deverão praticar os diversos tipos de arremesso,
procurando dominar as técnicas de pelo menos três deles.
Bandeja –
Arremesso normalmente executado após um drible ou o recebimento de um passe em
direção a tabela.
O atleta, no
impulso para frente, segura a bola e toca com um dos pés no chão; salta para
vertical sobre a perna contrária, conduz a bola com as duas mãos para cima da
cabeça e flexiona a perna anterior, a correspondente a mão de arremesso.
No ápice do
salto, uma das mãos é retirada para que a bola seja solta de encontro com a
tabela (45 cm
acima do aro) por uma ação de pulso e ressalte para dentro do aro. As costas da
mão do arremessador deverão estar voltada para o seu rosto (fig. 26)
Figura 26 –
Seqüência na execução do arremesso de bandeja.
Arremesso
estático com duas mãos
Embora o atual
poderio defensivo tenha limitado em muito a utilização desse tipo de arremesso,
ele deve ser o primeiro a ser ensinado por favorecer a aquisição de uma boa
coordenação o que facilitará a aprendizagem dos demais.
Com a bola
segura mais ou menos à altura do queixo, o tronco reto, as pernas
semiflexionadas e os pés afastados lateralmente ou um ligeiramente à frente do
outro, o atleta está pronto para iniciar o arremesso. A bola será solta pela
ação do pulso, após total extensão das pernas, tronco e braços. O trabalho das
pernas e braços deve ser coordenado e suavemente executado para evitar
imprecisões. (Fig.27)
Figura 27 –
Fases do arremesso estático com duas mãos.
Arremesso
com duas mãos acima da cabeça
È um arremesso
que ainda requer certo tempo de preparação, podendo, contudo ser empregado para
menores distancias que o anterior, sobretudo por homens altos. Os movimentos
são mais bruscos.
Coloca-se a
bola acima da cabeça com as duas mãos na sua parte posterior e os braços em
ângulos retos. As pernas semifl3xionadas com os pés paralelos ou com um mais à
frente do outro. Ao estender as pernas, a bola será lançada para cima por uma
ação de antebraços e pulsos, terminando o movimento com as palmas das mãos
voltadas para fora. (fig 28).
Arremesso
com uma mão estático
Dominados os
arremesso com duas mãos, deve o atleta aprender a empregá-los com uma só mão, o
que lhe permitirá mais rapidez no lançamento.
A bola é
segura na frente do rosto, ligeiramente para o lado, uma mão na parte
posterior, com os dedos espalhados e a outra do lado, pernas dobradas e o pé
correspondente à mão do arremesso avançado. Simultaneamente, estender as
pernas, transferir o peso do corpo para a perna que está à frente e afastar a
mão que protegia lateralmente a bola, soltando-a para cima por uma extensão
vertical do braço e ação do pulso. (fig. 29)
Figura 29 – No
arremesso com uma mão estática, é solicitado um completo movimento do braço.
Arremesso
com uma mão acima da cabeça
A bola é
mantida em cima da cabeça, colocando-se uma mão atrás e a outra de lado, os
braços dobrados com os cotovelos apontado para o alvo. Ao estender as pernas,
uma das mãos é liberada, impulsionando-se a bola por uma forte ação de
antebraços, pulsos e dedos. (fig. 30)
Figura 30 – No
arremesso com uma mão acima da cabeça a fase de preparação tem início com a
bola acima da cabeça.
Arremesso
de Gancho
É de grande
valor para distancias curtas.
O atleta de
costas para a cesta avança uma das pernas párea distanciar-se do adversário e
elevar-se do chão. A bola é conduzida para o alto pelas duas mãos, protegida
pelo corpo que gira para permitir uma inclinação do ombro oposto para a cesta e
uma rotação da cabeça para focalizar a cesta. No ápice do salto, uma das mãos
afasta-se da bola para que ela repouse sobre a palma da outra mão e seja
lançada pela ponta dos dedos num plano vertical sobre a cabeça. (fig. 31)
Figura 31-
Seqüência de movimentos durante o arremesso de gancho.
Arremesso
de jump
Este tipo de
arremesso pode ser executado após um drible ou o recebimento de um passe em
deslocamento e ainda partindo de uma posição estática. Quando em movimento, o
atleta antecipa a perna para ter a posse da bola e realiza uma parada brusca
com os pés paralelos e a bola junto ao corpo; flexiona os joelhos para
facilitar a decolagem vertical. Durante a elevação, a bola é conduzida
diretamente para cima da cabeça com uma mão na sua parte posterior e a outra
apoiando para a cesta. A bola de arremesso fletido com o cotovelo apontando
para a cesta. A bola é lançada por uma ação de antebraço, pulso e dedos
(indicador e médio) no ápice do salto quando o corpo parece que “flutua” no ar.
(fig 32). Pg. 50
Para executar
o jump da posição estática, os pés devem estar afastados pelo menos à largura
dos ombros. Aconselhamos adiantar ligeiramente o pé correspondente à mão de
arremesso e fazer uma semiflexão das pernas para que a decolagem se torne
eficaz e com menos esforço.
Analisando
detidamente esses detalhes de ordem técnica, não entendemos como exigir a
correta execução do arremesso de jump sem uma prática anterior, que vise uma
melhor, que vise uma melhor coordenação do trabalho dos pés, condução e
lançamento da bola.
Podemos utilizar
na fase inicial da aprendizagem do jump os seguintes procedimentos prático:
1 – Colocar
sobre a quadra algumas cordas distantes 1 metro entre si. Os atletas irão atravessar
uma a uma, lançando primeiramente o pé esquerdo e em seguida o direito para, da
posição baixa, tomar impulso para a vertical, elevando ao mesmo tempo os braços
e descer no mesmo lugar; inverter os pés; adicionar a bola. (Diag. 48).
Diagrama 48
2 – O atleta
1, de posse da bola e de frente para o 2 que tem as mãos atrás do corpo. O 1
lança a bola, 2 para recebê-la adianta a perna esquerda, traz a direita, toma
impulso em ambos os pés, conduz a bola para cima da cabeça e faz o jump para 1,
retornando a sua posição inicial para continuar o exercício.
3 – Em duas
filas, um na frente do outro, realizar contínuos arremessos de jump entre si,
deslocando-se para frente a fim de apanhar a bola.
4 – O mesmo
exercício anterior, colocando-se uma trave de futsal entre eles, pede-se aos
atletas que antes de soltar a bola observe os cotovelos acima da trave.
5 – À frente
dos atletas, sobre o chão colocam-se arcos. O atleta com os pés paralelos bate
a bola, antecipa o pé esquerdo para dentro do arco, apanha a bola, traz o pé
direito, toma impulso vertical, solta a bola para frente, descendo dentro do
arco. (A) Colocar os atletas em frente
da cesta.
6 – Driblando
lentamente para a lateral esquerda ou direita, executar o jump com utilização
correta do pé interior.
7 – Por dupla,
formandos em semicírculo de frente para a cesta, os atletas debaixo da tabela
passam aos companheiros e seguem seus passes. Os arremessadores ao receberem a
bola fazem a parada, mudam a direção, batem a bola, livram-se do marcador para
executar o jump; observar a antecipação adequada do pé e a proteção da bola.
8 – Atletas
driblando em diversas direções nas imediações da garrafão; ao sinal do
professor, rapidamente interrompem o drible e fazem o arremesso de jump.
Sendo o
trabalho dos pés de uma importância fundamental nos arremessos de jump em velocidade,
faz-se necessário que o jogador pratique adiantar qualquer dos pés, para que
não encontre dificuldade quando penetrar em deferentes direções. Se o avanço é
pela lateral esquerda, ele deve antecipar em primeiro lugar o pé direito, girar
a ponta do pé para a cesta e trazer o esquerdo para junto do pé anterior, a fim
de se colocar de frente para a cesta e então tomar o impulso vertical em ambos
os pés.
Abordando a
cesta pela direita, é inadmissível empregar o mesmo pé. Agora, o pé esquerdo é
o interior e, portanto mais próximo da cesta.
Tais
procedimentos, usados em substituição á parada com o salto sobre os dois pés,
além de favorecer maior equilíbrio e velocidade ao arremesso, permitem uma
fácil proteção da bola. (Fig. 32)
Figura 32 –
Mostra a recepção, o momento da decolagem e da soltura da bola.
Procedimentos
práticos.
1- Atletas
alinhados na lateral da quadra. Adiantam a perna direita, lançam a esquerda
para frente e executam um salto vertical sobre ela; elevam os braços e
flexionam a perna direita. Voltam ao chão com os pés paralelos para prosseguir
o exercício.
2- Na
lateral da quadra, lançam-se para frente, tocam com o pé direito no chão, tomam
impulso para a vertical sobre a perna esquerda que se antecipou, descem
apoiando-se em ambos os pés e giram, lançando depois a perna direita á frente a
fim de dar continuidade ao exercício.
3- Ainda
na lateral e trotando no mesmo lugar, lançar a perna direita para frente,
adiantar a esquerda, saltando sobre ela para a vertical e retornar ao chão para
continuar trotando.
4- Em
torno da quadra são estabelecidas marcas D e E, que devem ser pisadas pelos
atletas com os pés correspondentes durante a corrida.
5- O
atleta 1 de frente par 2. que segura a bola alta com uma das mãos, estendendo
lateralmente o braço; o 1 salta para frente, toca ao chão com a perna direita,
antecipa a esquerda e eleva-se sobre ela o suficiente para tirar a bola da mão
de 2.
6- Em
fileiras, na linha lçateral da quadra, os atletas lançam a bola ligeiramente à
frente. Após repicar no chão, saltam para apanhá-la enquanto os pés estiverem
fora do chão, caem sobre a perna direita, tomam impulso sobre a esquerda que se
antecipou, para no ápice do salto vertical soltar a bola para cima.
7- Colocar
duas marcas sobre o lado direito da área restritiva. Os atletas em coluna,
deslocando-se em velocidade, jogam a bola para o alto e um pouco para frente,
saltam para apanhá-la, tocam com o pé direito após a primeira marca, atravessam
a segunda para tomar impulso vertical sobre o pé esquerdo e saltam a bola de
encontro á tabela.
8- O
atleta 1 da coluna A executa um passe para o 1 da coluna B, que coloca a bola
na palma da mão, estendendo horizontalmente o braço em direção da primeira
marca. O 1 da coluna A corre salta para tirar a bola da mão 1 da coluna B, toca
ao chão adiante da marca com o pé direito, eleva-se na perna esquerda que foi
levada para frente e executa o arremesso. (Dia. 49).
9- O
atleta 1 da coluna A faz um passe de ombro para o numero 1 da B, este devolve a
bola em passe de peito para o numero 1 da A, que penetra para a cesta e executa
a bandeja.
Diagrama 50.
10- O número 1
da coluna B passa para o 1 da coluna C e segue o passe para se colocar no final
da coluna. O número 1 da coluna A corta por trás dele, recebe a bola do número
1 da C e faz a bandeja, entrando em seguida no fim da coluna C. O 1 da coluna C
recupera a bola, passa para o número 2 da B e dirige-se para o final dessa
coluna.
Diagrama 51.
11-
O número
1 passa para 2 e segue por trás dele; o 2 passa para 3 e vai por trás de 3; o 3
por sua vez passa para 1 que executa a bandeja.
Diagrama 52.
12-
O atleta com a perna esquerda próximo de uma
marca colocada no lado direito do garrafão, bate a bola, salta para apanhá-la
quando ela volta do chão e faz a bandeja.
13-
Em coluna, os atletas driblam em direção à linha
do lance livre, realizam o giro e executam a bandeja.
14-
Em coluna, o atleta 1 dribla para a área de
lance livre, executa uma parada, gira e faz o passe para o 2, que penetra para
a bandeja.
15- O número 1
da coluna A passa para o 1 da coluna B que avança para a linha de lance livre e
realiza uma parada brusca; o número 1 da coluna B segue seu passe, recebe a
devolução da bola do número 1 da B, muda a direção e penetra, driblando para a bandeja.
(Diag,53)
Diagrama 53.
16-O número
1 da coluna A dribla com a mão esquerda, enquanto o número 1 da B dribla com a
mão direita próximo às laterais da quadra, em direção a linha final; trocam de
mão, partem driblam para cruzar na cabeça do garrafão e penetram para a
bandeja.
Diag. 54
17-O 1
atleta da coluna A dribla executa a bandeja e segue para o final da coluna B.
Tão logo conclua a bandeja, o 1 da coluna B corre para recuperar a bola e passa
para o jogador seguinte da coluna, dirigindo-se em seguida para o final daquela
coluna.
Diag. 55
18- Atletas
de posse da bola em grupos de quatro, driblam com a mão direita, contornando o
primeiro círculo, contornam o círculo central com a mão esquerda, driblam em
torno do círculo da outra área restritiva com a mão direita e fazem a bandeja.
Diag. 56
19- A
coluna A em frente da coluna B e distante 6 metros entre si. No
ponto médio, dois atletas com os braços em extensão vertical. À frente de cada
coluna um arco é colocado no chão. O primeiro da coluna A lança a bola para
cair no centro do arco da coluna B e dirige-se para trás da sua coluna. Em
seguida, o primeiro da B faz o mesmo movimento com objetivo de atingir o arco
da coluna A e entrar atrás da sua própria coluna. Cada vez que a bola cai
dentro do arco considera-se um ponto.
Diag. 57
20- Dois
atletas seguram arcos sobre um plinto, banco ou cadeira. Os atletas da coluna A
lançam a bola para passar pelo arco e seguem para se colocar no final da coluna
B; os atletas da B apanham a bola e vão se colocar no final da coluna ª Os
atletas das colunas C e D procedem da mesma forma.
Diag. 58
21- Em
semicírculo próximo da área restritiva, em posição estática, os jogadores
executam seus arremessos, recebendo a devolução da bola dos companheiros que
estão em baixo da tabela. Após 10 tentativas, inverter as funções.
22- O
atleta arremessa, depois recupera a bola, faz o passe ao número 2 e corre para
ocupar o seu lugar. O número 2 passa a bola ao próximo atleta da coluna e
dirige-se para o final da mesma.
Diagrama 59.
23- Os atletas
saem correndo da coluna e depois de receberem o passe, param e executam o
arremesso. Após o arremesso, retornam para o final da sua coluna ou para a
contraria. A bola é recuperada pelos os que realizam os passes.
Diagrama 60
24- O
atleta 1 da coluna A faz o passe para o 1 da coluna B, dirige-se para a cesta,
recebe a bola de volta, pára e executa o arremesso. O número 1 da coluna B
segue o passe, recupera a bola e driblando vai para a coluna ª O atleta que
arremessou se coloca no final da coluna oposta. (diag. 61).
Diagrama 61
25- Por
dupla, cada um com uma bola. O atleta número 1 de frente para a cesta a 5 metros de distancia
enquanto o número 2 toma posição perto da cesta. O número 1 arremessa e
imediatamente recebe um passe do número 2, devendo arremessar rapidamente a
segunda bola, antes que o número 2, que segui seu passe, possa bloqueá-lo.
26- Duas
colunas A e B com o número 1 da A segurando a bola; o número 1 da coluna B
corta para uma posição ao lado do garrafão, recebe um passe do número 1 da A e
executa um arremesso. O número 1 da coluna A corre para recuperar a bola,
passando para o número 2 da mesma coluna e o exercício continua. Os atletas 1A
e 1B trocam de coluna. Diagrama 62.
Diagrama 62.
27- Os
atletas dispostos em 3 colunas com o número 1 da A, segurando a bola. Ele passa
para o número 1 da B, que se movimenta para uma posição ao lado da área
restritiva e depois corre para a área de lance livre. Ao mesmo tempo, o número
1 da C corta por trás dele e recebe um passe do número 1 da B. Recebida à bola,
ele pára e executa um arremesso; o 1 da coluna B recupera a bola e passa ao 2
da A, entrando na coluna C. O arremessador da C entra no final da coluna A; o 1
da A por sua vez para a coluna B.
Diagrama 63.
28- Duas
colunas, A e B com número 1 da coluna A de posse da bola. O número 1 da coluna
B antecipa-se para a linha do lance livre, recebe um passe do número 1 da
coluna A, pára e faz o arremesso. O arremessador apanha a bola e dirige-se para
a coluna A, ao mesmo tempo em que o 1 da B, vai para a coluna oposta.
Diagrama 64.
29- Duas
colunas A e B com número 1 da coluna A de posse da bola. O número 1 da coluna A
passa para o 1 da B e segue seu passe para bloqueá-lo; o número 1 da B finta
para a esquerda e sai driblando para a direita para executar um passe ao número
1 da A, que ao receber a bola faz uma parada e realiza o arremesso.
Diagrama 65.
30- Duas
colunas no final da quadra. Os atletas deslocam-se com passes sucessivos, na
direção da linha final oposta, devendo aquele que estiver mais próximo da área
de lance livre e de posse da bola, parar e executar o arremesso.
6
REBOTE
Ø
Defensivo
Ø
Ofensivo
O REBOTE
Não podemos duvidar o valor do rebote no resultado de uma
partida. Vários são os atletas baixos que superam os de grande estatura na luta
pela bola após um arremesso.
O problema não é de estatura, mas de posicionamento,
combatividade e ajustamento do salto com a direção da bola.
Rebote Defensivo
Na defensiva, o reboteador busca a recuperação da bola.
Não deve, porém perder o contato com seu adversário para acompanhar o primeiro
vôo da bola, isto é, a sua trajetória ao sair das mãos do arremessador para a
cesta. Contudo, se o adversário penetra para a cesta ele gira para dentro do
garrafão com o intuito de bloqueá-lo, impedindo-o de aproximar-se da bola; tem
início aí a tomada de posição. De frente para a cesta, numa atitude sólida
aproximadamente 1,80m, pés separados, tronco e pernas dobrado, cabeça erguida,
braços afastados e semiflexionados. Quando a bola definir sua direção, após
ressaltar no aro ou tabela, executar o salto com impulso em ambos os pés para
no ponto máximo da elevação, segura-la com a ponta dos dedos, mantendo os
braços e tronco em completa extensão. Na trajetória descendente afastar os pés,
trazer a bola contra o corpo e os cotovelos para fora, flexionando a cintura
para que no chão obtenha uma perfeita proteja e maior área de ação a fim de
realizar, para o mesmo lado, um passe de saída rápida.
Figura 33 – Posição inicial para o salto no rebote
defensivo.
Rebote Ofensivo
O objetivo do rebote ofensivo é a finalização. O atacante
deve observar a atitude defensor e descobrir o caminho para infiltrar. Então,
por meio de fintas e mudanças de direção aproximar-se da cesta para executar o
tapinha ou quando isso não for possível, recuperar a bola, retornar ao solo e
tentar o jump ou driblar para fora a fim de reiniciar o jogo ofensivo, o que
chamaríamos de 2ª bola.
Procedimentos Práticos
1 – O professor coloca a bola dentro do círculo e dá um
sinal. Os atacantes (O) tentam penetrar no círculo, sendo impedidos pelos
bloqueios dos defensores (X).
Diagrama 66.
2 – Dois jogadores colocados entre os obstáculos e a cesta
lançam a bola para o alto; os primeiros jogadores das colunas A e B de costas
para os obstáculos giram e saltam para recuperá-la.
Diagrama 67
3 – Atletas em colunas
na direção da cesta; o atleta 1 dribla em direção ao centro da linha de lance
livre, muda de direção e penetra para executar uma bandeja que excede o alvo,
repicando a bola na tabela para o lado contrário; o 2 que segui seus passos,
muda de direção e corre para o lado oposto, saltando para recuperar a bola. A)
no salto fazer o tapinha.
Diagrama 68
4 – Três atletas assumem posições nas laterais da área
restritiva e linha de lance livre com as costas para a tabela. O professor
executa o arremesso para que eles girem, cobrindo a área em forma de triângulo
e façam a recuperação da bola. Aconselha-se cobrir o aro com uma tábua para
intensificar o trabalho. Variações; com marcadores.
Diagrama 69
5 – Uma coluna de frente para a tabela; o primeiro jogador
de posse da bola faz um lançamento alto e suave para a tabela indo colocar-se
no final da coluna; os seguintes, por sua vez, procuram conservar a bola contra
a tabela por meio do tapinha.
Diagrama 70
6 – Duas colunas A e B voltadas para a tabela. O primeiro
atleta da A executa três tapinha e então tenta encestar. O primeiro da B faz o
mesmo do lado oposto, usando a mão esquerda.
Diagrama 71
7 – Os atletas são distribuídos em duas colunas próximo à
cesta. O número 1 passa para 2 que imediatamente, de bandeja, excede o alvo
sobre a tabela; o 3 salta para o tapinha com uma ou ambas as mãos; o 4 recupera
a bola e passa para o 5 que de bandeja excede o alvo e assim o exercício
continua; após o tapinha o atleta entra no final da coluna oposta.
Diagrama 72
8 – Três atletas, colocados próximos da cesta e fora do
garrafão. O 1 tem a bola e inicia o exercício lançando-a contra a tabela sobre
a cesta e na extremidade do retângulo a fim de que ela ressalte para o 3. O 1
move-se rapidamente para trás de 3. O 3 alcança a bola e faz o passe com ambos
os pés no ar. Seu passe retorna sobre a cesta e via tabela para 2. O 3
rapidamente se move para trás de 2, quando 2 repete este procedimento, passando
via tabela para 1. Esforça-se para conservar a bola “ativa” por um minuto sem
um erro.(Diag. 73).
Diagrama 73
7
DEFENSIVA
INDIVIDUAL
Ø
PRINCÍPIOS BÁSICOS
Ø
MARCANDO O ATACANTE SEM A BOLA
Ø
MARCANDO O ATACANTE COM A BOLA
DEFENSIVA INDIVIDUAL
Poucos são os treinadores ou
professores que se preocupam com o ensino dos princípios básicos da defensiva
individual. Estão, pelo contrario, procurando encontrar meios e até fabricando
equipamentos que ajudem a aperfeiçoar cada vez mais as habilidades ofensivas
dos seus comandados.
Tais atitudes devem-se em alguns
casos a uma necessidade de afirmação e em outras palavras, ao desconhecimento
de métodos de treinamento que possam motivar o trabalho defensivo.
Preferem se deter nos aspectos
ofensivos por serem naturais, fáceis de ensinados e aprendidos.
A defensiva passa a se
construir um constante desafio as suas capacidades por não ser natural e em
algumas ocasiões até enfadonha.
Somos responsáveis pela
formação completa de um jogador de basquetebol e não entendemos a razão de se
dedicar mais tempo de prática à ofensiva em detrimento da defensiva.
Temos o dever de incentivar e
estimular por todos os meios e recursos a prática defensiva, já que a vitória
só é alcançada se houver equilíbrio no desempenho ofensivo – defensivo.
Varias oportunidades ofensivas
surgem graças às ações defensivas.
A recuperação da bola no
rebote, a interceptação de passe e a pressão exercida sobre o adversário,
obrigando-o a cometer violação ou erros, assumem papel importante no jogo a
ponto de modificar resultados.
Nossos jogadores devem ser
conscientizados do valor da defesa a fim de que possam se sentir orgulhosos em
superar os seus adversários; condicionados a eliminar a vantagem do atacante,
deixando de reagir as suas iniciativas, para orientar as ações.
O jogador ao ser iniciado nas ações
defensivas deve demonstrar desejo e um paciente trabalho mental. Em seguida,
procurar dominar os princípios básicos a elas pertinentes, quais sejam:
1. Posturas:
as posturas defensivas já foram descritas na unidade 1 figuras 1 e 2.
2. Posição
no solo: colocar-se entre o adversário e a cesta. O pé avançado deve ser
colocado sobre uma linha imaginaria que passa por entre os pés do atacante.
3. Distancia:
fica na dependência da proximidade do atacante em relação à cesta e se está ou
não de posse da bola. Como regra geral, conservar-se a 90 cm ou 1,20m do adversário.
4. Visão:
deve estar voltada para a cintura do atacante para descobrir suas intenções e
tentar antecipar-se.
5. Uso
da voz: a ajuda verbal é muito importante, pois nem sempre o defensor poderá
ser todas as situações que se desenvolvem na quadra sem que para isso seja
forçado a virar a cabeça.
6. Acompanhamento
do adversário: é realizado por meio de deslizamento cauteloso, mantendo o
afastamento dos pés, não cruzando as pernas, nem saltando.
7. Tomando
a bola: ao se aproximar do adversário que está driblando, agachar-se para
golpear a bola de baixo para cima, tão logo se inicie sua trajetória ascendente
do solo. Tal ação, não deve ser encorajada ao iniciante que, ao contrario,
deverá esforça-se para aplicar uma marcação que provoque erros do adversário.
8. Reencontro
da posição inicial: ao ser ultrapassado, apesar de todos os esforços no sentido
de conter a ação ofensiva, o defensor deve girar, desenvolver o máximo de sua
velocidade sem se preocupar com a bola e retornar a posição entre o atacante e
a cesta.
Marcando o atacante sem a
bola
Como o
adversário não se constitue um perigo imediato, o defensor pode ficar mais
perto da bola do que dele, sem, contudo perde-lo de vista.
A maior ou
menor distância da bola, dependerá da velocidade do defensor em relação à
velocidade do atacante e da posição que este se encontra em relação à cesta.
Constatado que
o defensor é mais lento, ele retrocederá na direção da cesta para assumir uma
posição de expectativa a fim de tentar interceptar um passe ou ajudar um
companheiro.
Se o atacante
cortar através do garrafão, o defensor deverá colocar-se na frente dele, isto
é, entre ele e a bola, na tentativa de impedir o recebimento de um passe.
Marcando o atacante com a bola
Ao se dirigir para
um atacante, o defensor deslizará com um pé na frente do outro. O pé avançado
será aquele mais próximo do centro da quadra para forçar o atacante para as
laterais, afastando-o da cesta e diminuindo sua área de atuação.
Além disso, o
defensor propicia ao adversário uma única opção de passe e poderá até
surpreendê-lo com um “engaiolamento” (dois sobre a bola).
Essas
vantagens, por si só, desaconselham o defensor a orientar as ações do atacante
para o centro da quadra, mesmo que aí ele possa ser combatido por outros
defensores.
Procedimentos
Práticos
1. O
1 e o 23 frente a frente na lateral da quadra. O 1 executa movimentos ofensivos
que são acompanhados por 2 que assume a posição básica com os braços atrás do
corpo. Variação. Usar o drible.
2. Colocar
10 cadeiras na quadra distribuídas à vontade. Os atletas em colunas no final da
quadra com os primeiros de costas para o centro da quadra, deslizando para
trás.(diag. 74).
Diagrama 74
3. Atletas
espalhados de um lado da quadra, com um deles à frente de posse da bola em
varias direção. Os outros atletas devem reagir individualmente como se
estivessem marcando o driblador por meio de deslizamentos (diag. 75).
Diagrama 75.
4. Atletas
alinhados no final da quadra e divididos em dois grupos. Colocar a bola na
linha de lance livre e deixar os atletas fazerem a chamada até que cada um
tenha um número. Ao ser chamado um número pelo professor, os dois atletas que
receberam aquele mesmo número, atiram-se para a bola; o atleta que conseguir a
posse da bola será marcado pelo outro. (diag. 76).
Diagrama 76
5. Os
atletas divididos em duas colunas, uma em cada lado da quadra, sendo uma
defensiva e a outra ofensiva. O primeiro driblador começa seu movimento para o
outro da quadra e o defensor move-se para marcá-lo, tentando impedir a
penetração.
(diag. 77).
Diag. 77
6. Atletas
divididos em dois grupos um em cada lado da quadra; separar cada grupo em uma
coluna defensiva e outra ofensiva; o primeiro driblador inicia seu movimento
para a linha central; o primeiro defensor desloca-se para marcá-lo. (diag. 78).
Diagrama 78
7. Organizar
os atletas em duplas de acordo com a altura e a velocidade. Jogar a bola de
encontro à tabela para que os dois atletas que estão esperando na linha de
lance livre façam a sua recuperação. O Atleta que pegar o rebote começa a
driblar ofensivamente para tentar a cesta no outro lado da quadra e o outro o
pressiona. (diag. 79).
Diagrama 79.
8. Distribuir
a turma em colunas; instruir o driblador a tentar encestar ficando dentro da
extensão da linha de lance livre; deixar os defensores entrarem na frente do
driblador.(diagrama 80).
Diagrama 80.
9. Dividir
os atletas em duas colunas; o primeiro atacante dribla para a lateral oposta,
procurando um bom ângulo para a bandeja; o defensor, deslizando rapidamente,
procura evitar o arremesso já próximo da tabela. (diag. 81).
Diagrama 81.
REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS:
-Brian Colemam e Peter Ray – Coleção Desporto – Basquetebol
Publicações Europa-America – 1973.
-Gerhard Stöcker – Basquetebol – Sua prática na escola e no
Lazer – Livro Técnico S/A – RJ. 1983.
-Butch Beard – El jugador completo de baloncesto –
Editorial Hispano Europea S/A – Barcelona Espanha – 1988.
-
Nelson Luz – Manual de Basquetebol – Leme –
Empresa Editorial Ltda. Araçatuba – (SP).
-
Apostila – VIII Estagio Sul americano de
Técnicos de Basquetebol – São Paulo – SP. 1.992
-
Apostila – Basquetebol Meeting – Dante Rossini
Junior – Curso de Basquetebol – Matão – (SP). 1.985
-
Curso Jornada Paranaense de Educação Física –
Maria Helena Cardoso – Curitiba – (PR) 1.985
-
Vídeo – Manual de Basquetebol – Nelson Luz
-
Vídeo – Manual Show de Esporte – Aprenda a Jogar
Basquetebol – Rede Bandeirante de Televisão – Videoban – São Paulo (SP) 1.990.
-
Video
– Winning Basketball – Larry Bird.
-
Video
– The Story of a Game – Polygram Video – São
Paulo (SP). 1.993.
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