Ginástica Laboral

Uma das estratégias das empresas para promover a saúde dos funcionários e evitar afastamentos causados pelas doenças do ofício está em promover a ginástica laboral durante alguns minutos ao longo do expediente.

Exercícios devem trazer ganhos e resultados com constante evolução

O dia a dia dentro dos escritórios colaboram com o surgimento de vários problemas de saúde. Estresse, distúrbios de postura, tendinites, entre outros, são decorrentes do exercício profissional e, também da falta de atenção e cuidados com o próprio corpo.

Para que serve a ginástica laboral?

"O principal objetivo da ginástica laboral é promover, por meio da atividade física orientada e consciente, dentro da jornada de trabalho, o desejo de cuidar de si mesmo, mantendo os sinais vitais, como respiração, batimentos cardíacos e funções físicas em ordem e eficientes", conta o professor André Nessi, diretor do Instituto Nessi e professor da graduação e pós graduação da Universidade Anhembi Morumbi, da capital paulista.

Funcionários aderem a ginástica laboral

Conquistar a adesão voluntária dos funcionários é um dos principais desafios dos profissionais de educação física, que podem apresentar e conscientizar sobre as vantagens físicas e emocionais da atividade física, que se refletem no rendimento e na rotina laboral.


Ginástica laboral: malhação de terno e gravata

A definição de ginástica laboral, segundo Nessi, é a de uma atividade física orientada, previamente planejada conforme o público e o tipo de ambiente, usando exercícios de força isométricos e isotônicos, alongamentos, exercícios respiratórios e de flexibilidade, dinâmicas de integração e de recreação e até massagens.

Versáteis, os exercícios podem ser feitos dentro ou fora do espaço de trabalho, mas sempre durante a jornada laboral. Outro ponto a ser observado é que, apesar de ser um exercício, o funcionário não tem de trocar de roupa ou passar muito tempo "improdutivo" para se dedicar à atividade laboral.

Desafio exercício na ginástica laboral

Em alguns ambientes, o profissional de educação física pode encontrar certa resistência dos funcionários, que não desejam fazer uma pausa de alguns minutos para cuidar do corpo e da saúde. Por isso, é preciso que ele busque novas estratégias para que as aulas sejam interessantes, de fácil execução e que promovam a evolução constante do praticante, que vai conseguir notar os resultados e ganhos, se sentindo motivado a seguir se exercitando. "A empresa de ginástica laboral deve ter visão do que deseja, fazendo disto uma missão bem trabalhada entre todos os seus colaboradores. Se prevenção ou manutenção da saúde, o profissional deve levar para dentro da empresa um espírito de muita motivação e cooperativismo", propõe o professor universitário. Elogios pelas conquista, gratidão pela participação, sorrisos conquistados por meio das brincadeiras, palavras agradáveis, exibição de resultados e melhorias na rotina são atitudes que ajudam na adesão de participantes. "Quem gosta do que participa, elogia e espalha!", frisa Nessi.

Para cativar a confiança das empresas para gerar oportunidades de contratação, Nessi indica "as tabelas e índices para apresentar ao investidor do Programa de Qualidade de Vida da empresa para que ele possa perceber os resultados tangíveis, dentre os quais se destaca a maior motivação para o trabalho".

Expectativas correspondidas na ginástica laboral

Nessi lembra que cada instituição tem um perfil de trabalhadores. "Por esta razão é sempre muito importante fazer o levantamento ou diagnóstico da empresa para saber de suas necessidades".

Os funcionários que aderem à ginástica laboral notam as melhorias no bem-estar, melhora na respiração, execução mais eficiente dos movimentos laborais - o que reduz a quantidade de acidentes -, além de incremento de força e resistência. E a ginástica laboral corresponde às expectativas, mesmo com a pouca duração: "É possível ter ganhos com poucos minutos com atividades bem elaboradas", destaca o diretor do Instituto Nessi.

Os benefícios psicológicos da ginástica laboral

Autores e pesquisadores como as professoras Valquíria de Lima, Erika Verderi, Neiva Leite, Fabiana Figueiredo e Caroline de Oliveira e o professor Ricardo Mendes concordam que, por ser área de atuação o físico, os aspectos fisiológicos são mais notados em enquetes, questionários e tabelas, mas a ginástica laboral também traz benefícios psicológicos para o funcionário que a pratica.

Demonstração de resultados

 “Hoje, a prática de um programa de ginástica laboral deve ser associada a programas elaborados para controle de todos os núcleos vitais do indivíduo", fala Nessi, que cita que há diversos tipos de softwares que ajudam o profissional de educação física a controlar a evolução das práticas e dos benefícios com diferentes tipos de indicadores que auxiliam no gerenciamento dos resultados.

Alguns programas piloto, realizados com pequenos grupos e por períodos curtos, de até seis meses, já demonstram resultados para empresas e profissionais. Ganhos em aspectos fisiológicos e psicológicos são facilmente percebidos. Com boas estratégias de divulgação e a conscientização dos trabalhadores é possível promover a ginástica laboral e conquistar adeptos de forma voluntária.

"Empresas com perfil de produção e competitividade evitam paradas e substituições. Assim, temos que demonstrar muitos resultados e vantagens aos que participam dos programas de forma voluntária." Quem adiciona o programa de qualidade de vida ao pacote de benefícios oferecidos aos funcionários consegue contentar a todos os profissionais, que agregam mais saúde e menos estresse, melhorando as vidas pessoal e profissional.

Consultoria Técnica: Márcio Santos

Por Jornalismo Portal EF.

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