Transição Defensiva: o que é, suas intenções e o seu atual sinônimo


Transição Defensiva: o que é, suas intenções e o seu atual sinônimo
Caio Gondo.
De uns anos pra cá, a expressão “os times de tal técnico se caracteriza pelas transições”. Oras mas o que seriam essas transições? Elas são as fases de jogo transição ofensiva e transição defensiva. Nessas últimas semanas, a transição ofensiva foi dissecada e mostrada as suas maneiras (curta e longa) e temporizações (rápida e lenta) e, agora, chegou o momento de finalmente termos a completa compreensão do que a expressão inicial quis dizer com essa publicação com a “tradução” do que seria a transição defensiva.



Volante está na esquerda, e o lateral-esquerdo está no centro? Ah, o time está desorganizado!

Ao ver uma situação como a de cima, algumas pessoas têm a mesma conclusão que escrevi abaixo da imagem. Outras, porém, veem como um momento antes da organização defensiva em que o volante está atrapalhando o ataque adversário para que o seu time tenha tempo para se recompor defensivamente. Pois é, a contextualização e a compreensão do todo são essenciais para se analisar algo taticamente.
Uma das partes da intenção da transição defensiva é o segundo pensamento acima (o um momento antes da organização defensiva em que o volante está atrapalhando o ataque adversário para que o seu time tenha tempo para se recompuser defensivamente), enquanto que a outra é recuperar a bola. Ao recuperar a bola, a equipe que estava começando a se defender passa a começar a atacar. Mas, afinal, o que seria a transição defensiva?
A transição defensiva é a fase de jogo entre a ação ofensiva e a defensiva. Ela se caracteriza após a perda da bola em ação ofensiva, e os segundos em que o time que está sem a bola demora em se reorganizar defensivamente.






Transição defensiva é a fase entre a ação ofensiva e a ação defensiva.
Nota do autor: para ficar ainda mais claro quando e como se caracteriza as fases de ação ofensiva e ação defensiva, clique nestes links para visualizar os resumos (link da ação ofensiva e e da defensiva).
Como as intenções da transição defensiva são desarmar o adversário e/ou retardar o contra-ataque adversário, há algumas maneiras para fazê-las e quase todas elas já foram “traduzidas” por aqui. Para desarmar o adversário, a pressão no adversário é fundamental. Além disso, para aumentar as chances de desarme, o pressing é utilizado (sobre pressão no adversário e pressing, veja aqui).






Aqui, Felipe e Ytalo pressionam juntos o adversário com a bola, após perder a bola. Como é dois contra um, é pressing!
Como há pressão no adversário com a bola, pode-se acontecer o desarme ou, simplesmente, atrasar o contra-ataque adversário. Nesse último caso, enquanto há algum ou alguns jogadores não desarmando o adversário, outros jogadores estão retornando para que o posicionamento defensivo da equipe apareça.




Na imagem acima, enquanto Edson, Giovanni e Cícero pressionam o adversário com a bola, Wellington Silva e Diego Souza estão tendo tempo para se recompor defensivamente.





O mesmo time que estava realizando o pressing acima está organizado aqui. Veja como é completamente diferente as duas situações e, por isso, estão “enquadradas” em fases de jogo diferentes: a primeira é na transição defensiva, e a segunda, na ação defensiva.
Para facilitar aumentar ainda mais a possibilidade de compreensão, veja este vídeo sobre transição defensiva de Leandro Calixto Zago, profissional do futebol que já trabalhou no Desportivo Brasil, na Ferroviária, no Corinthians, no Guarani, no Palmeiras e, atualmente, está na Ponte Preta:
Princípios operacionais de transição defensiva por Leandro Zago.
Além de todas essas situações e caracterização, a transição defensiva passou a ser conhecida nas análises de futebol como o momento da “troca de ação de jogo”. Esse termo não é completamente adequado, já que há trocas de ação de jogo toda vez que sai de uma fase de jogo e vai para outra (como por exemplo, quando o time está se defendendo e retoma a bola. Aqui começou a transição ofensiva após uma troca de ação de jogo), mas é como a transição defensiva está conhecida atualmente.



Em cada momento entre uma fase de jogo e outra, há uma troca de ação de jogo. Porém é como estamos vivendo atualmente.






Veja como é habitualmente colocado “troca de ação de jogo” em vez de transição defensiva. Eu mesmo coloco esse termo por força do hábito. E para quem viu o escrito na imagem acima “troca rápida de ação de jogo” aguarde, pois isso será assunto em breve por aqui!
E quando não tem nenhum dos aspectos defensivos da transição defensiva acontecendo? Oras, não é muito difícil de imaginar. Sem nenhum aspecto da transição defensiva acontece, o time adversário avança, realiza o contra-ataque e pode acabar finalizando.




Aqui um exemplo de um time sem estar realizando nenhum aspecto da transição defensiva: contra-ataque do time adversário acontecendo tranquilamente.
Já aqui, um exemplo extremista de quando o time não realiza nenhum aspecto da transição defensiva: gol do adversário. E para conferir outros materiais antecipadamente, é só seguir o perfil do Traduzindo o Tatiquês no Instagram, em @traduzindootatiques!
Para facilitar a compreensão do que é transição defensiva e os seus aspectos táticos, o quadro abaixo resumirá o tema:




Resumo sobre transição defensiva


Professor Ocimar Esteves

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