Pliometria para o desenvolvimento de força no futebol
Pliometria para o desenvolvimento de
força no futebol
Tipo de ação muscular que gera
estiramento mesmo contraindo é a ação excêntrica. Mas como ser efetivo?
Entre as capacidades motoras necessárias para a prática do
futebol estão a força rápida, também chamada de força explosiva e a velocidade.
Das diferentes estratégias utilizadas para o desenvolvimento dessas
capacidades, sem dúvida, a pliometria é uma das mais importantes.
Ao contrário do que muitos imaginam, pliometria não significa
simplesmente saltar. O termo plio significa "maior" e o termo metric
se refere a "média". Ambos são oriundos do vocabulário grego pleytein
que também significa "aumentar" e, portanto, pliometria significa
aumentar o tamanho da musculatura.
Nesse tipo de exercício o músculo esquelético deve ser
"aumentado" como se estivesse alongando ao mesmo tempo em que se
contrai e por mais paradoxo que isso possa parecer, do ponto de vista mecânico
é perfeitamente possível.
Esse tipo de ação muscular que gera estiramento mesmo contraindo
é chamado de ação excêntrica e é um dos requisitos essenciais do treino
pliométrico.
Nesse tipo de ação o ciclo alongamento-encurtamento do músculo
esquelético deve ser aproveitado ao máximo e essas ações excêntricas agirão
como freios à medida que são acionadas a favor da ação gravitacional, por
exemplo.
Do ponto de vista neural, a vantagem dessas ações é que a via
motora do Sistema Nervoso Central consegue recrutar mais rapidamente as fibras
musculares do Tipo IIX (que são mais rápidas e mais potentes do que as outras
fibras musculares), as quais possibilitarão ao músculo gerar mais força o mais
rápido possível.
Do ponto de vista metabólico essa ação é vantajosa pelo fato de
o estiramento das estruturas contráteis (filamentos fino e espesso) gerar
contração sem gasto de energia (contração passiva), ao passo que as estruturas
elásticas (tendão, epimísio, perimísio, endomísio e titina)
"acumulam" energia elástica. Essas duas respostas otimizam a
transformação de energia química (ATP) em energia mecânica (ação concêntrica -
ativa) fazendo com que o trabalho muscular seja mais eficiente na ação muscular
concêntrica subseqüente.
Para que a transferência de energia elástica em energia mecânica
seja feita de forma ótima a mesma deverá ocorrer o mais breve possível (normalmente
abaixo de 200ms). Caso isso não corra, a energia elástica será dissipada em
forma de calor e ao invés de otimizar o trabalho muscular irá prejudicá-lo.
Apesar de extremamente vantajoso para o ganho de impulsão e de
velocidade, na prática, para que o trabalho de pliometria seja efetivo,
torna-se imprescindível:
i) adaptar a musculatura do atleta a esse tipo de treino;
ii) determinar a altura ideal dos saltos a serem realizados;
iii) minimizar o tempo de contato com o solo;
iv) realizar as ações motoras sem sinais de fadiga.
ii) determinar a altura ideal dos saltos a serem realizados;
iii) minimizar o tempo de contato com o solo;
iv) realizar as ações motoras sem sinais de fadiga.
Caso esses itens sejam negligenciados, ao invés de melhora da
força rápida, o atleta poderá ficar mais lento, menos econômico, menos
eficiente e aumentar suas chances de lesão muscular.
Até
lá!
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